Os projectos de construção em Angola estão a multiplicar-se, beneficiando grandes empresas como a chinesa SinoHydro, devido ao aumento das receitas petrolíferas do país, de acordo com uma análise da Economist Intelligence Unit (EIU).
“Há anúncios diários de novos projectos para construir habitação de baixo custo e social, para construir ou recuperar redes de estradas e para abastecer água e electricidade”, refere a EIU no seu mais recente relatório sobre Angola.
De acordo com os analistas britânicos, só no último mês a chinesa SinoHydro e a brasileira Odebrecht receberam adjudicações no valor de 200 milhões de dólares para projectos nos domínios da água e saneamento nas províncias de Malange e Kwanza-Sul.
Os investimentos vêm impulsionar o plano “Água para Todos”, que estava a sofrer atrasos, de acordo com a EIU. Em curso está também a construção do novo aeroporto Internacional de Luanda, na localidade de Bom Jesus, mas também o terminal de voos doméstico do actual aeroporto está a ser remodelado pela segunda vez em três anos.
O “novo foco de construção” é visível também em províncias mais remotas, como Lunda-Sul, Lunda-Norte, Moxico e Kuando-Kubango, onde o investimento tem sido historicamente mais baixo do que na capital angolana. A EIU prevê este ano para Angola um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 7,7 por cento, mais do dobro do registado em 2011, abrandando para sete por cento no próximo ano e para 6,2 por cento em 2014.
Os principais motores de crescimento, em termos percentuais, serão este ano as exportações (10,3 por cento), importações (8,5 por cento), investimento (oito por cento) e o consumo público (7,1 por cento). No próximo mês, Angola irá iniciar a exportação de gás natural, depois de um investimento de nove mil milhões de dólares.
As previsões da unidade de pesquisa apontam para um crescimento contínuo da exportação de petróleo, com os preços a nível internacional a manterem-se “elevados”. Para apoiar a criação de pequenas e médias empresas, fortalecendo assim o sector privado angolano, criar empregos e diversificar a economia, o governo anunciou recentemente a disponibilização de incentivos avaliados em 1,8 mil milhões de dólares.
Com o mesmo fim, o governo anunciou também a criação do Instituto de Fomento Empresarial para a definição de políticas e execução de programas de incentivo.
FONTE: JA