O director geral do Projecto de Exploração Kimberlítica de Catoca, José Manuel Ganga Júnior, afirmou hoje, em Luanda, que Catoca produziu, em 2011, cerca de seis milhões e 700 mil quilates e arrecadou receitas no valor de USD 611 milhões em vendas brutas.
O projecto teve custos operacionais avaliados em USD 300 milhões, lucro operacional na ordem de USD 250 milhões e líquido cifrado em USD 145 milhões, contra USD 115 milhões em 2010, disse Ganga Júnior, no final das Jornadas Técnicas alusivas ao 31º aniversário da Empresa Nacional de Diamantes, ENDIAMA.
Explicou que o acréscimo registado em 2011 deveu-se a uma ligeira subida da produção na ordem de três porcentos e fundamentalmente devido a retoma dos preços do diamante no mercado internacional.
Em termos de capacidade instalada, Ganga Júnior afirmou que Catoca já atingiu o auge adiantando que “estamos em velocidade de cruzeiro, penso que não teremos grandes variações daqui para o futuro em termos de capacidade de produção “, disse.
Por isso, adiantou, o projecto está a trabalhar no sentido de aumentar as reservas de kimberlito de Catoca, da sua concessão e de outras concessões.
Com isso, referiu, se se tiver maiores reservas de diamante poder-se-á aumentar a capacidade de extracção de Catoca no sentido de produzir mais.
Entretanto, adiantou, neste momento nós pensamos que temos uma vida útil para cerca de 30 anos e parece-nos ser um período de equilíbrio para pudermos criar condições de sustentabilidade quando acabarem os diamantes, afirmou Ganga Júnior.
O que quer dizer, explicou, “no nosso ponto de vista não devemos aumentar mais a produção de Catoca tendo em conta os níveis de reserva que temos neste momento (cerca de 217 milhões de toneladas de mineiros que correspondem a 140 milhões de quilates por explorar).
O Projecto de Exploração Kimberlítica de Catoca tem uma capacidade para tratar 10 milhões de toneladas/ano de mineiro.
Os diamantes de Catoca têm como principais mercados a India e a China.
Fonte: Angop
