Paulo Kalesi afirmou que a prostituição infantil remonta a 1996/1997, com o surgimento das denominadas “catorzinhas”.
Em Luanda, referiu, encontramos menores a prostituírem-se à noite na zona da Marginal e, nos últimos tempos, há registos de isso acontecer no município de Viana.
Na província do Cunene, declarou o responsável, a situação é mais preocupante na zona fronteiriça de Santa Clara, onde menores são abusadas, em barracas, por camionistas e outros adultos.
Nas campanhas realizadas pelo Instituto Nacional da Criança para acabar com este drama, as crianças alegam terem começado a prostituírem-se devido à pobreza em casa, obrigadas por adultos e outras por serem abandonadas pelos próprios familiares.
A maior parte das crianças diz que começaram a prostituir-se para ajudarem as mães a cuidar dos irmãos mais novos por o pai ter abandonado o lar, outras mandatadas por adultos, sob pena de serem agredidas fisicamente, e há casos de menores que são abandonados ou fogem de casa por maus-tratos.
O Instituto Nacional da Criança, como órgão que se ocupa do bem-estar das crianças, tem trabalhado em parceira com os Ministérios da Família e Protecção da Mulher, da Assistência e Reinserção Social e do Interior, igrejas e sociedade civil, na sensibilização, protecção e acolhimento de menores, frisou.
Campanhas de sensibilização
O chede de Departamento Nacional de Protecção à Criança acrescentou que o Instituto, em colaboração com parceiros, tem promovido campanhas de sensibilização e outras acções de aconselhamento para as menores deixarem a prostituição.
Algumas, disse, são encaminhadas para centros de acolhimento, onde aprendem uma profissão para poderem sustentar-se e terem uma vida digna.
“Em alguns casos, localizamos as famílias carentes das crianças envolvidas na prostituição, a quem distribuímos cestas básicas e ajudamos a conseguirem financiamentos, através de micro-créditos, para criarem um negócio para a substância”, acrescentou .
O responsável do Inac pediu o apoio e acolaboração de outras instituições no combate à prostituição infantil em Angola
Fonte: Jornal de Angola