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    Prisioneiro cubano posto em liberdade

    René González recebeu visita de familiares

    O suposto agente secreto cubano René González, que estava detido há 13 anos num presídio dos Estados Unidos, foi libertado na sexta-feira pela Justiça federal norte-americana, informaram autoridades daquele país.
    Condenado pelos Estados Unidos por alegada espionagem, González, de 55 anos, é tratado como herói por Cuba, que desenvolveu em todo o mundo uma forte campanha pela sua libertação e a de outros quatro cubanos ainda detidos, conhecidos na ilha como os “cinco heróis”.
    Mas, mesmo libertado, González não pode voltar ao seu país por enquanto, como era seu desejo, uma vez que vai ter de passar mais três anos nos Estados Unidos, em regime de liberdade condicional.


    A condenação

    René González foi preso em 1998, juntamente com Gerardo Hernández, Ramón Labanino, Antonio Guerrero e Fernando González, e condenado três anos depois, por alegada tentativa de infiltração numa instalação militar norte-americana no sul da Flórida.
    As sentenças dos cinco variam de 15 anos de reclusão – caso de González – a prisão perpétua, no caso de Hernández, que também foi condenado por conspiração para cometer homicídio, por causa do derrube, em 1996, de dois aviões pilotados por um grupo de exilados cubanos.
    O Governo cubano sempre argumentou que os seus “cinco heróis” não estavam em Miami para espiar as actividades norte-americanas, mas sim para vigiar exilados cubanos, que planeavam atentados contra Cuba. O caso está há anos na agenda das relações entre Havana e Washington, e o governo cubano organiza frequentemente manifestações para pedir a libertação do grupo. Ao mesmo tempo, o governo norte-americano exige a libertação de Alan Gross, que cumpre pena de 15 anos de prisão em Cuba, por levar equipamentos ilegais de satélite para a ilha.


    Liberdade condicional

    González deixou a prisão na sexta-feira e foi recebido por familiares, entre os quais as suas filhas adolescentes (a mulher não conseguiu obter visto para o visitar nos EUA). O “herói” cubano deixou a cadeia antes do cumprimento total da pena devido aos seu bom comportamento e pelo tempo que passou detido antes de ser condenado.
    O advogado não informou onde ele deve passar os três anos da liberdade condicional, mas disse que vai apresentar um recurso contra a permanência obrigatória do seu cliente nos EUA. Por também possuir cidadania norte-americana, González não pode ser deportado para Cuba.
    Promotores dos EUA rejeitam o regresso antecipado de González a Cuba, com o argumento de que ele pode aproveitar-se da sua dupla cidadania para continuar a praticar espionagem e para ficar fora do alcance da Justiça. Havana, por sua vez, mantém a pressão para que González e os outros quatro regressem a território cubano.

    Fonte: Jornal de Angola

    Fotografia: AFP

     

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