Luanda (Do enviado especial) – O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, manifestou na cidade de São Tomé a sua satisfação pelo desenvolvimento alcançado por Angola nos dez anos de paz, assinalados hoje (4 de Abril), nos domínios político, económico e social.
“Fico feliz em ver Angola hoje desenvolvida, um povo que acredita em si e no seu futuro, uma sociedade democrática, com uma imprensa livre, pois tem os que estão a favor e os que estão contra os partidos políticos, no pleno exercício dos seus direitos”, disse o dirigente são-tomense durante um encontro com jornalistas angolanos no quadro da visita efectuada a este país pelo vice-ministro da Comunicação Social, Manuel Miguel de Carvalho “Wadijimbi”.
Segundo Patrice Trovoada, nem em São Tomé e Príncipe, nem em Angola está tudo bem, mas há uma caminhada que só terá sucesso se for feita num clima de paz.
“Eu acho, que hoje temos plenamente a consciência daquilo que representa a paz quer para Angola, quer para a África, tendo em conta o papel que Angola desempenha no continente africano”, avançou.
Lamentou o tempo que a guerra demorou para acabar, as vidas ceifadas e todo sofrimento para se chegar a paz definitiva em Angola.
“Penso que hoje Angola está bem, não está certamente tudo bem, mas os angolanos têm consciência dos benefícios que estes 10 anos de paz trouxeram para o país”, acrescentou.
Relativamente as próximas eleições no país aprazadas para o presente ano, disse que no combate político tem que haver quem ganha e quem perde, portanto “quem perde tem que aceitar a derrota e quem ganha tem que saber que ao vencer tem a possibilidade de estender a mão ao seu adversário político”.
O primeiro-ministro alertou que ao não aceitar a derrota na política tem-se custos muito elevados, quer para o povo, em primeiro lugar, quer para aquele que não aceita a derrota.
Portanto, frisou, quero dizer com isso que se a classe política angolana respeitar que quem ganha deve governar e quem perde deve esperar, pois um dia chegará o seu tempo através dos mecanismos democráticos e pacíficos, Angola vai continuar a crescer e a ganhar para o bem do seu povo.
Em sua óptica, jamais se pode aceitar que aquele que não detém o poder encontre vias não pacíficas e democráticas para ascender ao poder, na medida em que não traz benefícios para ninguém.
Fonte: Angop