O ministro dos Petróleos, José Maria Botelho de Vasconcelos, informou, em Houston, que a primeira fase do projecto de Gás Natural Liquefeito “LNG”, no Soyo, já se encontra num estado avançado de implementação, para uma produção média anual de cinco milhões e duzentas mil toneladas métricas.
O ministro José Maria Botelho de Vasconcelos, que falava quarta-feira num simpósio de negócios, organizado pela Câmara de Comércio EUA/Angola e o Executivo angolano, enfatizou que a expansão do Angola LNG continua aberta a novas perspectivas de negócios e parcerias.
Mostrou as numerosas aplicações do gás natural, entre as quais a produção de energia eléctrica, utilização petroquímica e o uso doméstico, além de ser um combustível fóssil de baixo teor de carbono.
Subordinado ao tema “Oportunidades para parcerias no contexto local”, com os painéis Investir em Angola-Acesso ao capital e Angolanização-parcerias público/privadas, o evento debruçou-se acerca do favorável ambiente de negócios que Angola oferece, com particular ênfase para o sector de energia e as oportunidades do estabelecimento de parcerias público-privadas.
Como principal orador, o ministro sublinhou que o sector petrolífero nacional tem sido o principal suporte da economia de Angola, fruto do desenvolvimento de uma estratégia, que permitiu a atracção de importantes investidores.
No ano passado, a participação do sector na estrutura do PIB teve um peso acima dos 40 porcento, representadando mais de 90 porcento nas exportações totais e cerca de 60 porcento das receitas totais” – disse o governante angolano, acrescentando que nos últimos vinte (20) anos, o sector tem observado uma dinâmica sem precedentes na costa ocidental de África, que faz com que Angola seja hoje, uma referência mundial.
Os programas e prioridades actuais do sector petrolífero nacional, no domínio da exploração e produção, traçados pelo Executivo têm-se consubstanciado em manter a cadência sustentada da produção nesta perspectiva, fruto do investimento que está a ser feito juntamente com os parceiros internacionais, onde se destaca a presença significativa de empresas americanas.
Sobre a angolanização do sector petrolífero, disse que Angola conta com 1.511 empresas nacionais registadas, das quais 153 foram certificadas e contribuem com empregos para 4,809 cidadãos nacionais. Na sua maioria são pequenas e médias empresas, recentemente constituídas, que procuram parcerias de empresas experientes para darem os seus primeiros passos na indústria.
O governante angolano aproveitou o evento (que deu lugar a um interessante debate sobre o tema) para convidar as empresas a investir em Angola, não só no domínio dos petróleos como também noutros sectores da economia nacional, ou seja, na agricultura, indústria mineira, construção e habitação.
Em ambos os painéis foram feitas apresentações da Chevron, do Standard e Exim Bank dos EUA, bem como das companhias nacionais Centro de Apoio Empresarial (CAE), que participou com três empresas, nomeadamente a LMF, Petro-África e a Oilfield Support United.
A actividade foi realizada à margem da Conferência Anual de Tecnologias em Offshore (OTC), que decorre desde 29 de Abril em Houston e encerra hoje, quinta-feira. A delegação angolana integrou também o embaixador extraordinário e plenipotenciário de Angola nos EUA, Alberto do Carmo Bento Ribeiro, o ministro de Geologia, Minas e Indústria, Joaquim David, e o cônsul-geral de Angola em Houston, Júlia Machado.
No evento, que contou com o patrocínio das petrolíferas Sonangol e Chevron, estiveram igualmente presentes, o presidente da Chevron e o Senador do Texas, Rodney Ellis, o vice-governador do GPL para a Organização Administrativa, Graciano Domingos, quadros superiores do Ministério dos Petróleos, representantes das companhias Sonangol, organizações LMF, OPERATEC LDA, o PCA da Petro-África, representação comercial de Angola nos EUA, além de diplomatas em serviço em Washington, D.C., e no Consulado de Houston.
Para marcar o encerramento da actividade da comitiva de Angola a Houston, será oferecido um jantar-gala, ao princípio da noite de hoje, à delegação angolana.
FONTE: Angop