O estado das relações entre Angola e Portugal centralizou o encontro, de cerca de uma hora, mantido hoje, em Luanda, entre o Presidente da República, José Eduardo dos Santos e o chefe da diplomacia lusa, Paulo Portas.
“As relações entre Angola e Portugal são de tal forma intensas e importantes para ambos os países (…), o que é natural que com frequência os chefes das respectivas diplomacias efectuem visitas reciprocas”, disse Paulo Portas, a jornalistas, à saída da audiência.
Salientou que acredita “profundamente nas relações entre os dois países”, relacionamento em que “ambos ganham”.
“A conversa com o Senhor Presidente da República, devo dizer, foi muito positiva, mais uma vez”, asseverou Paulo Portas, chegado na manhã de hoje a Luanda, para estadia de 24 horas.
Referiu ter sido ocasião para uma abordagem de temas multilaterais, além dos bilaterais.
Particularizou, ter sido reiterada condenação ao último golpe de estado ocorrido na Guiné-Bissau. “A CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) foi muito clara na defesa dos princípios, e muito nítida na condenação” dos acontecimentos ocorridos neste país, seu membro.
Estes golpes de estado, enfatizou Paulo Portas, “atrasam o desenvolvimento e impedem a estabilidade”, para depois referir que Portugal tem uma opinião “positiva” do papel que as tropas angolanas desempenharam naquele país da África Ocidental.
Recordou que foi um papel solicitado e legitimado por voto popular da Guiné-Bissau, país, onde devem ser respeitados os princípios constitucionais.
“Nós temos efectiva tolerância zero quanto a golpes de estado”, asseverou ainda o ministro português encarregue da diplomacia.
Relativamente às questões bilaterais, sublinhou o papel desempenhado por empresas do seu país em Angola e também as da nação africana em Portugal.
“Trabalhamos para que as empresas portuguesas sejam bem recebidas em Angola e também dizemos, com clareza, que os investimentos angolanos em Portugal são bem recebidos”, anuiu.
Durante o encontro, ocorrido no Palácio Presidencial, à “Cidade Alta”, falou-se de temas que podem ser “mutuamente positivos e vantajosos”, rematou.
Angola e Portugal integram a Comunidade de Paises de Língua Portuguesa (CPLP), juntamente ao Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Timor Leste, São Tome e Príncipe.
FONTE. Angop
