Cerca de 30 ativistas da organização não-governamental internacional Repórteres sem Fronteiras penduraram numa zona exterior à embaixada da Turquia na capital francesa imagens de jornalistas detidos pelas autoridades de Ancara.
Outros manifestantes, cerca de 12, principalmente da etnia curda, tentaram aproximar-se das imediações do Palácio do Eliseu (sede da Presidência francesa), mas foram impedidos pelas forças policiais, segundo relatou a agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP).
Esta deslocação de Erdogan a Paris é a primeira a França desde que o governo de Ancara iniciou uma purga em diversos organismos estatais e setores da sociedade turca para tentar punir elementos alegadamente envolvidos no falhado golpe de Estado ocorrido em 15 de julho de 2016.
Cerca de 50 mil pessoas foram, entretanto, presas e perto de 110 mil pessoas foram afastadas de vários setores públicos na Turquia.
O Partido Comunista francês e vários partidos de esquerda criticaram a visita de Erdogan a França, que acontece perto do quinto aniversário do assassínio em Paris de três mulheres ativistas curdas.
“O sistema judicial francês indicou o envolvimento dos serviços secretos turcos neste crime”, referiram os comunistas franceses, num comunicado.
É expectável que o Presidente francês, Emmanuel Macron, levante a questão da liberdade de imprensa no encontro com Erdogan.
Os dois líderes também deverão abordar o relacionamento da Turquia com a União Europeia (UE), o conflito israelo-palestiniano e a guerra na Síria. (Notícias ao Minuto)
por Lusa