O Presidente da República, João Lourenço, convidou formalmente, esta segunda-feira, o seu homólogo da Guiné-Bissau, Umaro Embaló, para participar na Bienal de Luanda, Fórum Panafricano para a Cultura da Paz, a realizar-se de 22 a 24 de Novembro de 2023.
A informação foi prestada, em Bissau, pelo embaixador de Angola naquele país, Mário Augusto, que, a saída de uma audiência com o Presidente guineense informou que foi portador de uma mensagem onde está endereçado um convite formal ao Chefe de Estado da Guiné-Bissau.
O diplomata explicou que a iniciativa é uma plataforma com vários países africanos e de outros continentes, para ajudar os mesmos a terem um espaço de concertação política e diplomática.
Questionado sobre as relações de cooperação entre Luanda e Bissau, disse que a cooperação entre os dois países teve momentos bons até o ano 2012.
Em Abril de 2012, disse, ocorreu o golpe de estado que afastou o governo do PAIGC, tendo sido instaladas novas autoridades que exigiram a partida da missão de militares e das forças de segurança angolanas de manutenção da paz na Guiné-Bissau.
“A missão de Angola na Guiné-Bissau (MISSIANG) foi criada ao abrigo de um protocolo, assinado entre os dois países, com o objectivo de ajudar a Guiné na execução do Programa de Reforma das Forças Armadas e de segurança”, adiantou.
Assegurou que de 2012 à data presente a situação de cooperação está, “de certa forma suspensa, porque precisamos de restabelecer os acordos e protocolos, com necessidade de serem revistos para voltarem a ser implementados”.
Neste momento, explicou, há toda uma necessidade de revisitar os protocolos de cooperação para dar-lhes uma nova dinâmica.
Disse que depois de os dois governos trabalharem na questão da revisão do protocolo de cooperação, será possível dar início a implementação dos mesmos acordos e se poderá fazer uma avaliação mais positiva ou mais firme.
Sobre a presidência da Guiné-Bissau na Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) em 2025, Mário Augusto, disse que ainda é muito cedo para falar sobre o assunto, dado que ainda a organização está a ser dirigida por São Tomé e Príncipe.
“É sempre bem-vindo que a Guiné-Bissau tenha apresentado a sua candidatura e aprovada por unanimidade a nível da cimeira dos Chefes de Estado e do Governo da CPLP.
Para o Fórum Pan-Africano para a Cultura da Paz em África, também denominado Bienal de Luanda, a ter lugar no país (pela 3ª vez), em Novembro próximo, augura-se maior proveito possível em torno dos temas a serem abordados, entre os quais a Educação, um pilar importante para o desenvolvimento da humanidade.
A decorrer sob o lema “Educação, Cultura de Paz e Cidadania Africana como Ferramentas para o Desenvolvimento Sustentável do Continente”, o evento, de três dias (22 a 24/Novembro), é uma organização conjunta do Governo de Angola, da União Africana (UA) e Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). VIC/ADR