O director provincial da Saúde do Bié, José Augusto Gonçalves, disse no sábado, no Cuito, que a presença de médicos estrangeiros na região abriu novas esperanças de melhoria de assistência sanitária à população em toda a extensão da província.
O responsável fez esta afirmação no jantar de gala que serviu para homenagear 12 médicos cubanos e russos que terminaram a sua missão na província do Bié e foram substituídos por outros.
A presença de médicos estrangeiros permitiu a abertura de salas de consultas de cardiologia, urologia, serviços de oncologia da tiróide e foi também criada a cirurgia selectiva das vias biliares e os serviços de neonatologia no Hospital Geral do Cuito.
Por isso, José Augusto Gonçalves não quis deixar de sublinhar que os médicos cubanos, russos, coreanos, vietnamitas e de outras nacionalidades deram o seu melhor para se atingirem os objectivos preconizados pelo Executivo no sector da saúde, que era o da redução acelerada da morbilidade e da mortalidade materna, neonatal e infantil, e travar a propagação das doenças transmissíveis, especialmente o VIH/Sida, a tuberculose e a malária. Além disso, melhorou o atendimento nos casos de traumatismos, doenças crónicas cardiovasculares, diabetes e outras.
Com este pessoal médico, os enfermeiros gerais e pessoal auxiliar de enfermagem beneficiaram de formação permanente nas mais diversas áreas da medicina, salientou o director da Saúde. Foi igualmente possível actualizar os conhecimentos de médicos angolanos na área de cirurgia, cuidados intensivos, manobras de reanimação e análises clínicas, com vista a melhorar a qualidade dos serviços nas unidades sanitárias.
“A presença de médicos de várias nacionalidades veio dar ao Bié possibilidades de pelo menos se ter um médico em cada município. Apesar de os resultados serem ainda insignificantes, registam-se melhorias no atendimento à população nas unidades sanitárias e aumentou a procura por serviços especializados”, disse.
Esclareceu que muitos dos problemas da saúde que encontravam soluções noutras províncias estão a ser hoje resolvidos localmente, graças à chegada dos especialistas cubanos e de outras nacionalidades.
A comunidade cubana na província do Bié assegura serviços nas áreas de saúde, educação, energia e noutras relacionadas com a vida social e económica da população.
Fonte: Jornal de Angola