O Presidente da República, João Lourenço, abordou esta quarta-feira com o director-geral do Departamento Internacional das Associações das Empresas Francesas, Jean François Burreau, questões ligadas ao desenvolvimento espacial de Angola.
No final do encontro, Jean Burreau, que se encontra no país a participar da Conferência NewSpace Africa, manifestou a disponibilidade de empresas francesas em cooperar para a concretização do “grande interesse de Angola no desenvolvimento geo-espacial”.
Angola alberga, desde terça-feira última, até sexta-feira, a terceira edição da Conferência Espacial de África 2024, que aborda, entre outros aspectos, o papel da tecnologia do espaço no combate à pobreza, no continente africano.
Na abertura do evento, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, informou que o país lidera o Comité de Direcção, no âmbito do programa de partilha de satélite da SADC, por ter o escritório regional instalado e a funcionar em Luanda.
Segundo o governante, Angola tem uma presença relevante no Comité Consultivo da Organização Internacional de Satélite e, deste modo, “podemos dar o nosso contributo para o fortalecimento e engrandecimento da indústria espacial angolana, tornando-a ao serviço dos africanos”.
Apontou que a utilização e gestão coordenada do espaço rádio frequência e das órbitas dos satélites geoestacionários e não geoestacionários, que são recursos escassos ilimitados, têm sido defendidos amplamente por Angola, em fóruns internacionais como a Conferência Mundial de Rádiocomunicações (WRC-23) da UIT, do qual o país tem tido um papel activo nessas matérias.
Mário Oliveira disse que o Executivo tem implementado diversas acções para garantir que o país assuma um papel de co-liderança na região e participe de modo relevante no contexto internacional em matéria espacial.
Realçou que o país tem desenvolvido um conjunto de projectos que têm reflexo na integração regional da SADC, sendo que os investimentos em infra-estruturas espaciais, como o satélite de telecomunicações, constitui, para os países africanos, a resposta para uma maior conectividade, a custos acessíveis, pois o acesso às comunicações fiáveis é factor de desenvolvimento económico e de inclusão social. JFS/VC