A falta de hábito de uso de protectores solares em Angola, para protecção contra os raios ultravioletas, preocupa os farmacêuticos da cidade capital.
Numa ronda feita pelas farmácias de Luanda, farmacêuticos abordados foram unânimes em reconhecer que a procura pelo produto é muito fraca e tem sido feito na sua maioria por cidadãos estrangeiros.
Para a farmacêutica Djamila da Silva, “infelizmente o povo angolano não tem o hábito de proteger a sua pele do sol intenso”.
Para esta farmacêutica, tendo em conta que “o clima de Angola é tropical e o país tem praias lindas, deve-se passar a informação às pessoas que ficam muito tempo expostas ao sol, em particular os banhistas, de que devem proteger-se do sol”. Acrescentou que fica sempre perplexa quando repara que muitos jovens trabalhadores em obras de construção civil ficam, o dia todo, ao ar livre e expostos ao sol sem a devida protecção.
Hugo Lopes, farmacêutico, afirmou que têm aparecido clientes, embora poucos, e, na sua maioria, são mães à procura do produto infantil, e estrangeiros, mas a farmácia em que trabalha nem sempre tem protectores solares.
A agência de notícias Angop encontrou à venda o produto de uma marca em apenas uma farmácia, enquanto nas restantes visitadas nem sequer se lembram da última vez que tiveram à venda algum produto para protecção solar.
Os farmacêuticos abordados pela Angop disseram, ainda, que é preciso informar mais a população sobre as vantagens de se proteger contra os raios ultravioletas e incentivar os responsáveis pelas farmácias a comercializarem cada vez mais cremes que protejam a pele do sol.
Especialistas indicam que está provado que banhistas e quem fica várias horas exposto ao sol devem usar cremes apropriados. Pesquisas feitas revelam que os raios ultravioletas causam queimaduras, rugas na pele e enfraquecimento da resistência natural do corpo, o que faz com as pessoas fiquem doentes com facilidade.
Apesar do cancro da pele se manifestar mais em pessoas com a tez clara, todos devem proteger-se dos raios ultravioletas, alertam os farmacêuticos abordados pela Angop.
Os protectores solares podem ser adquiridos nas farmácias entre mil e cinco mil kwanzas.
Fonte: Jornaldeangola