De acordo com o cientista, se a técnica tiver sucesso o tratamento pode vir a ser mais curtos e sair mais barato.
Um cientista português desenvolveu uma técnica que “provou conseguir detectar mais cedo e com maior precisão” o cancro, um feito que consta de um artigo publicado na revista Nature Medicine.
Tiago Rodrigues trabalha na Universidade de Cambridge e a sua equipa partiu da constatação de que uma das características fundamentais de qualquer cancro é a multiplicação descontrolada das células anormais que o constituem.
A técnica recorre à ressonância magnética para ver em detalhe as moléculas que as células cancerígenas utilizam para produzir a energia e consegue assim seguir os tumores em movimento.
Não se trata de uma técnica para curar o cancro, mas sim para perceber se o tratamento aplicado está a resultar.
A equipa do investigador Tiago Brandão Rodrigues parte do princípio de que qualquer cancro tem uma multiplicação descontrolada das células anormais e “este crescimento rápido implica que a maioria dos tumores utiliza muito mais glicose, principal fonte de energia do corpo, do que os tecidos normais.
Injectando glicose no organismo, a técnica permite que, em poucos minutos, seja possível observar imagens do metabolismo do tumor.
Se se comprovar que a técnica é segura e eficaz terá vantagens evidentes para pacientes oncológicos: pode tornar-se uma ferramenta crucial para adaptar a terapêutica, reduzir o tempo de tratamento e baixar os custos. (rr.pt)