O governo português disse nesta segunda-feira (6) que está pronto para enviar uma equipe de 140 bombeiros para ajudar o Chile a combater os incêndios florestais que atingem o país e deixaram ao menos 24 mortos e mais de 1.182 feridos. As chamas se espalharam por três regiões no sul do país, fortemente atingidas pelas altas temperaturas e a seca.
“Nós já comunicamos ao mecanismo europeu (de proteção civil) a disponibilidade de aproximadamente 140 elementos de diferentes corporações e serviços”, declarou à mídia portuguesa o ministro do Interior, José Luis Carneiro, expressando “solidariedade” com as vítimas e os socorristas chilenos.
Lisboa espera agora pela resposta de Santiago sobre sua capacidade para acolher o contingente composto de bombeiros e efetivos da Força Especial de Proteção Civil da Polícia, precisou o ministro, citado pela agência Lusa.
Portugal é regularmente atingido por incêndios florestais, tendo muitas vezes que pedir ajuda internacional.
Cinco bombeiros chilenos morreram em Portugal em 2006, enquanto combatiam o fogo no centro do país. Eles trabalhavam para uma sociedade privada criada pela indústria de papel para proteger suas florestas.
Estado de catástrofe declarado
Na tarde deste domingo (5), 260 focos ainda estavam ativos e milhares de hectares já tinham se transformado em cinza. O estado de catástrofe foi declarado em toda a região de Biobío, no centro do Chile.
O fogo foi agravado pelos ventos fortes e temperaturas superiores a 40°C, que devastaram em cinco dias aproximadamente 270.000 hectares, destruindo 1.081 casas, de acordo com as autoridades chilenas.
Por Naïla Derroisné