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    Portugal: Mexia mantém-se na EDP e chineses entram no conselho de supervisão

    A assembleia-geral da EDP, que foi convocada esta noite para dia 20 de Fevereiro, vai manter António Mexia na frente da eléctrica e admite quatro representantes da China Three Gorges no conselho geral e de supervisão.

     

    Na equipa proposta para a administração da EDP, mudam apenas dois nomes, incluindo a presidente da EDP Renováveis, Ana Maria Fernandes, e também Cruz Morais.

    No lugar destes dois administradores, entram agora João Marques da Cruz, que estava à frente da EDP Ásia, e ainda Miguel Stilwell de Andrade, que era administrador da EDP Distribuição.

    Quanto a Ana Maria Fernandes, irá ser proposta como directora-presidente da EDP Brasil, no âmbito dos accionistas desta última empresa, na qual a eléctrica portuguesa é o maior accionista.

    Para o lugar da gestora deverá entrar por seu turno Manso Neto, que acumula com um lugar na administração da própria EDP. O novo presidente executivo da EDP Renováveis irá ter uma posição próxima da China Three Gorges, uma vez que esta área é fundamental na estratégia dos chineses ao comprarem os 21,35% do Estado da empresa.

    Da mesma forma, no dia 20 de Fevereiro irão também a votos alterações ao conselho geral e de supervisão da EDP, que representa os principais accionistas e no qual não se sentam apenas os concorrentes da eléctrica, como a Iberdrola. Ora, esta regra, propõe-se também na ordem do dia para a próxima assembleia geral, deverá passar a ter uma excepção para accionistas parceiros industriais e que sejam donos de mais de 20% do capital.

    Da lista de novos membros propostos para o conselho geral e de supervisão fazem assim parte quatro representantes da China Three Gorges, incluindo o presidente da empresa, Cao Guangjing, que passa a ser vice-presidente deste órgão social.

    Já Eduardo Catroga, que era até agora um dos membros do conselho, é proposto para assumir a presidência em substituição de António de Almeida.

    Outro dos pontos propostos pelo núcleo duro dos accionistas da eléctrica portuguesa é a subida de 20 para 25% dos direitos de voto dos accionistas, uma proposta desenhada à medida dos chineses, que estão também interessados em adquirir os 4% que estão nas mãos do Estado.

    Ainda assim, os novos membros do conselho geral e de supervisão só deverão assumir funções quando o contrato de compra dos 21,35% se concretizar, o que deverá acontecer em Março ou Abril depois das aprovações das autoridades.

    Fonte: Publico
    Foto: Paulo Ricca

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