A Venezuela e a consolidação das relações bilaterais foram os principais temas, nesta sexta-feira, da primeira visita ao Chile do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, escreve a AFP.
Pompeo foi recebido no palácio de La Moneda pelo presidente chileno, Sebastián Piñera, e depois na chancelaria pelo Ministro das Relações Exteriores, Roberto Ampuero, com quem teve um almoço de trabalho.
A Venezuela foi o centro de parte das conversas entre Pompeo e seus interlocutores chilenos. Mas enquanto Washington cogita a intervenção do país sul-americano para depor o governo de Nicolás Maduro, Piñera reiterou a sua posição de que a democratização da Venezuela deve seguir “sempre de maneira democrática e pacífica, descartando uma intervenção militar”.
Pompeo agradeceu Piñera por “ajudar a isolar” o governo de Maduro e por “mostrar compaixão” aos venezuelanos que fugiram da pior crise humanitária em tempos de paz na Venezuela, onde mais de 2,7 milhões partiram desde 2015, de acordo com a ONU. Entre eles, o Chile já recebeu cerca de 300.000.
Na noite desta sexta-feira, Pompeo chegou ao Paraguai para uma visita relâmpago. O enviado do presidente Donald Trump pernoitará em Assunção e continuará a sua agenda oficial hoje, onde tem previsto uma viagem à Lima antes do meio-dia.
Na capital paraguaia, Pompeo reunir-se-á com o presidente, Mario Abdo Benítez, e com o ministro das Relações Exteriores, Luis Castiglioni, com uma agenda concentrada em “reforçar” os vínculos para combater o crime transnacional e a corrupção, fortalecer os laços econômicos e apoiar a democracia na Venezuela.
Depois do Paraguai, Pompeo visitará o Peru e Cúcuta, na Colômbia.
A visita de Pompeo ao Chile acontece às vésperas de uma reunião do Grupo de Lima que acontece na próxima segunda-feira em Santiago, que contará com a participação de pelo menos uma dúzia de Ministros das Relações Exteriores dos países membros, segundo fontes da chancelaria chilena.