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    Pompeo chega à Argentina para conferência contra terrorismo e para apoiar Macri

    AFP

    O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, desembarcou em Buenos Aires para assistir, nesta sexta-feira (19), a uma conferência de luta contra o terrorismo e se reunir com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, no início de um périplo latino-americano.

    Pompeo chegou à Argentina quase à meia-noite de quinta-feira para participar da Segunda Conferência Ministerial Hemisférica de Luta contra o Terrorismo, que coincide com o 25º aniversário do atentado contra o centro judaico Amia, na capital. O episódio deixou 85 mortos e 300 feridos, em 18 de Julho de 1994.

    A actividade oficial do secretário de Estado começa na sede construída da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), no bairro comercial de Once, onde haverá uma cerimónia fechada em homenagem às vítimas.

    A Argentina acusa funcionários iranianos de alto escalão do governo de terem organizado o atentado, e um membro do movimento xiita libanês Hezbollah, de tê-lo executado. Passados 25 anos, ninguém foi julgado, ou condenado, pelo ataque.

    Este foi o atentado mais sangrento já ocorrido na Argentina, país que conta com a maior comunidade judaica da América Latina, com quase 300 mil integrantes.

    Às 11h locais (11h em Brasília), está previsto o início da conferência hemisférica na sede da Chancelaria argentina. Participarão ministros das Relações Exteriores e autoridades de cerca de 20 países, informou o governo.

    A primeira conferência foi realizada em Washington, em Dezembro passado. No evento, a Argentina foi escolhida como próximo país-sede.

    À tarde, depois de uma entrevista colectiva sobre as conclusões da reunião, Pompeo será recebido por Macri na residência oficial de Olivos, na periferia de Buenos Aires. Trata-se de uma demonstração de apoio ao presidente argentino, que está na briga pela reeleição em Outubro próximo.

    As pesquisas mostram uma ligeira vantagem do candidato da oposição Alberto Fernández, em uma chapa compartilhada com a ex-presidente Cristina Kirchner, agora como vice.

    A disputa pela Casa Rosada acontece em um momento de crise económica e em meio às severas medidas de austeridade aplicadas pelo governo de Mauricio Macri, firmadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em troca de um auxílio financeiro de 57 biliões de dólares.

    “Pompeo vai à Argentina para ajudar Macri, que pode perder”, disse à AFP Erick Langer, especialista em América Latina da Universidade de Georgetown, nos EUA.

    Durante sua viagem latino-americana, Pompeo também visitará Equador, México e El Salvador, em sua quarta viagem pela região desde que assumiu o cargo há mais de um ano.

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