A polícia de Moçambique vai ter uma unidade especializada na investigação de terrorismo e de raptos, de acordo com um projeto de lei-orgânica da polícia a ser submetida em outubro pelo governo ao parlamento moçambicano.
Na última sessão, na terça-feira, o Conselho de Ministros de Moçambique aprovou o projeto de lei sobre a nova orgânica da polícia, mas o documento carece de análise e aprovação da Assembleia da República, que se vai reunir a partir do próximo mês.
Nos últimos meses, cerca de 30 membros da influente comunidade islâmica moçambicana foram raptados nas principais cidades do país, tendo sido libertadas mediante pagamento de elevados resgates.
As autoridades policiais apresentaram até ao momento 18 pessoas, incluindo duas mulheres, detidas por alegado envolvimento nestes raptos.
A identificação dos alegados mandantes de sequestros de empresários e familiares tem sido possível graças a intervenção da Polícia Internacional (Interpol).
Recentemente, o vice-ministro do Interior moçambicano, José Mandra, disse que a polícia enviou agentes para a África do Sul e Ásia, para, em colaboração com a Interpol, deter dois indivíduos indiciados de autoria moral dos raptos.
Na cidade de Maputo e arredores, uma operação policial resultou na apreensão de elevadas somas de dinheiro, armas, viaturas e telemóveis e na identificação de casas que serviram supostamente de cativeiro das vítimas dos raptos.
FONTE: Lusa