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    Pelo menos 70 mortos em ataque israelita a campo de refugiados na Faixa de Gaza

    Hamas denuncia pelo menos 70 vítimas mortais em resultado de um bombardeamento israelita do campo de refugiados Al-Maghazi, no centro da Faixa de Gaza.

    Pelo menos 70 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na noite de domingo num ataque israelita ao campo de refugiados de Al-Maghazi, no centro da Faixa de Gaza, denunciou o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

    “É um novo massacre cometido pelo exécito de ocupação israelita no campo de Al-Maghazi, onde bombardearam quatro casas habitadas pertencentes às famílias Muslim, Salim, Nawasira e Abu Rahma”, disse o porta-voz do Ministério, Ashraf al Qudra, citado pela agência EFE. Al Qudra também acusou as tropas israelitas de bombardearem a principal estrada que une vários acampamentos de refugiados na zona central da Faixa de Gaza “para obstaculizar o acesso das ambulâncias e da proteção civil a vários locais”.

    “Fazemos um apelo a todos os países do mundo livre para que pressionem a ocupação criminosa a travar a guerra de genocídio cometida pelo excército de ocupação israelita contra o nosso povo palestiniano e contra crianças, mulheres e civis”, acrescentou o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza.Além do bombardeamento em Al-Maghazi, as agências internacionais dão ainda conta de vários ataques por toda a Faixa de Gaza: na cidade de Khan Younis, no sul, pelo menos 22 pessas morreram em mais um bombardeamento israelita.

    O Hamas garante que o sistema de Saúde no sul da Faixa de Gaza, onde Israel tem centrado, nas últimas semanas, a sua ofensiva, está a “colapsar”. No norte da Faixa de Gaza não resta nenhum hospital em funcionamento.

    Numa declaração enviada à BBC, o exército israelita refere apenas que recebeu “relatos de um incidente no campo de Maghazi” mas garantiu estar a agir de acordo a lei internacional e a minimizar todos os danos possíveis para os civis “apesar dos desafios colocados pelos terroristas do Hamas a operarem em áreas civis em Gaza”.

    Os meios de comunicação israelitas avançaram no domingo, citando fontes governamentais, que os altos responsáveis nacionais estão prontos para discutir um plano de tréguas ambicioso proposto pelo Egito. O plano inclui tréguas de duas semanas, com a opção de serem prolongadas por mais duas ou três semanas, com a libertação de 40 reféns israelitas que ainda se encontram na Faixa de Gaza em troca da liberdade de 120 prisioneiros palestinianos.

    A proposta do Cairo, segundo as agências internacionais, vai ainda mais longe: o Egito diz estar pronto para mediar conversações entre os palestinianos, de forma a reconciliar as diferentes fações, nomeadamente a Fatah e o Hamas, com o objetivo de criar um governo “tecnocrático” em Gaza e na Cisjordânia, abrindo caminho a eleições.

    A fase final deste plano seria um cessar-fogo completo e a retirada de todas as tropas israelitas, bem como a libertação de todos os reféns sequestrados a 7 de outubro.

    A comunicação social israelita garante que o governo de Netanyahu estará disponível para começar as negociações já esta segunda-feira.

    No domingo, Benjamin Netanyahu disse que a guerra na Faixa de Gaza está a ter um “preço muito elevado”, depois de um fim de semana que custou a vida a 14 soldados do Tsahal, elevando para mais de 150 o número de militares israelitas mortos desde que o conflito começou. O primeiro-ministro israelita sublinhou, porém, que a guerra não terminará enquanto não forem atingidos os objetivos de eliminação do Hamas, de devolução dos reféns e de impedir que Gaza constitua uma ameaça para Israel.

    “A guerra tem-nos custado muito caro, mas não temos outra opção senão continuar a lutar. As nossas tropas já eliminaram milhares de terroristas até agora, vamos manter-nos em força até ao fim”, disse o chefe do governo israelita.

    Também no domingo, as Forças de Defesa de Israel revelaram que encontraram uma grande rede de túneis do Hamas debaixo do campo de refugiados de Jabalya, perto da cidade de Gaza, onde foram recuperados os corpos de cinco reféns israelitas no início de dezembro.

    As IDF garantem que terminaram, assim, o desmantelamento do centro de comando subterrâneo do Hamas no norte da Faza de Gaza, passando a concentrar-se na região sul.

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