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    Partidos da oposição abriram processo legal de contestação dos resultados

    Os três principais partidos angolanos da oposição depositaram hoje num cartório em Luanda requerimentos em que contestam os resultados das eleições gerais de 31 de agosto, abrindo caminho à impugnação do ato eleitoral, disseram à Lusa fontes partidárias.

    Com a deposição dos três requerimentos, no 2º Cartório Notarial da Comarca de Luanda, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), dispõe agora de 48 horas para responder àqueles partidos, que poderão recorrer da decisão para o Tribunal Constitucional.

    Segundo os resultados definitivos anunciados sexta-feira pelo presidente da CNE, André Silva Neto, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde a independência, em 1975, venceu com maioria qualificada, elegendo 175 deputados e obtendo 71,84 por cento.

    Os três partidos que contestam os resultados são a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que elegeu 32 deputados (18,66%), a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral, com oito deputados (6,00%) e o Partido de Renovação Social, com três deputados (1,70%).

    Apenas a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), que elegeu dois deputados e teve 1,13%, não acompanhou a restante oposição, tendo oportunamente o seu líder, Lucas Ngonda, declarado aceitar os resultados eleitorais e felicitado o MPLA e José Eduardo dos Santos pela vitória no escrutínio.

    Alcides Sakala, porta-voz da UNITA, partido cujo líder Isaías Samakuva declarou na manhã da votação que iria impugnar o ato eleitoral, disse à Lusa que a Comissão Permanente do partido reúne-se segunda-feira, após o que divulgará uma declaração.

    A Lusa falou também com Alexandre Sebastião André, mandatário da CASA-CE, que justificou a apresentação do requerimento com a “grande discrepância” entre os resultados divulgados pela CNE e a contagem paralela que a coligação está a efetuar.

    Finalmente, Joaquim Nafoia, porta-voz do PRS, manifestou-se convicto que, à semelhança da UNITA, o partido vai impugnar os resultados.

    FONTE: Lusa

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