A vice-presidente do Comité Nacional para a Promoção da Mulher Rural (COMUR), Joana Lina, considerou ontem, em Luanda, que a participação da mulher rural na vida social ainda é diminuta, realçando os desequilíbrios e diferenças em relação ao género feminino.
Joana Lina falava na abertura do Projecto de Fortalecimento das Competências das Mulheres Rurais, que tem como objectivo fortalecer o papel social da mulher no campo.
O projecto de formação, que abrange as dezoito provinciais do país, é uma iniciativa do Comité Nacional para a Promoção da Mulher Rural.
“A mulher rural deve participar em projectos específicos nas áreas de micro-crédito, formação profissional, educação para a saúde e prevenção contra as doenças endémicas”, disse, acrescentando que ela é, em muitos casos, o elemento principal da estabilidade, coesão e sustento das famílias.
Joana Lina considerou a formação como uma oportunidade de envolver os vários membros da sociedade (famílias, comunidades e associações) no desenvolvimento de Angola.
“Este projecto vai servir de instrumento para o desenvolvimento e animação no meio rural. Pretendemos estabelecer uma relação directa entre a formação e os vários papéis que cada uma, enquanto mulher, vai desenvolver”, disse.
A responsável salientou que o Comité Nacional para a Promoção da Mulher Rural pretende, com esta formação, identificar as principais dificuldades da mulher rural e estudar a forma de levá-la a participar activamente na vida económica e social.
Agenda recheada
O projecto, que se estende até 10 de Setembro, deve formar 480 mulheres rurais em todo o país.
Durante três semanas, as participantes receber conhecimentos sobre os temas “A dinamizadora como actor social”, “A dinamizadora como líder”, “A participação da mulher rural no desenvolvimento de Angola”, “Género como construção social”.
“O empreendedorismo da mulher rural como factor de desenvolvimento” e “Boa governação das associações ou cooperativas”, entre outros.
Fonte: Jornal de Angola