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    Paradigma de Um Novo Tempo e o COVID 19 (II)

    Desejo sinceramente que estejam bem onde quer que estejam e com quem estejam. Quando decidi intitular os meus pequenos textos com o PARADIGMA DE UM NOVO TEMPO E O COVID 19 e falo do ensaio que tenho em curso há muito tempo com o título ” SE A CIDADE FOSSE UM LIVRO “, julgo humildemente que ambos enquadram-se perfeitamente perante a força da Natureza e como disse recentemente António Guterres, Secretário Geral da ONU, ” todos somos iguais neste combate e perante esta terrível Pandemia “. As declarações foram prestadas a prestigiada e brilhante Jornalista da CNN Cristiane Amanpour num programa sobre o COVID 19.

    O PARADIGMA DE UM NOVO TEMPO e o COVID 19 não precisou de Passaporte, nem de visto de cortesia de qualquer Missão Consular das muitas existentes em todo o mundo para atravessar fronteiras e Estados.

    É tempo de Novas Fronteiras ? É infelizmente tempo de Novas Fronteiras e os especialistas em Geopolítica e GeoEstratégia sabem que isso é verdade.

    Mas as fronteiras que se irão criar mostram uma clara falta união entre Estados. Não pode ser esse o caminho. O fosso entre ricos e pobres criará uma maior assimetria social e económica.

    E o COVID 19 passou Fronteiras sem que os Polícias de Fronteira verificassem o seu rosto em qualquer aparelho de identificação instalados nos Postos de Fronteira dos Aeroportos Internacionais e Regionais.

    O COVID 19 utilizou aviões e várias Companhias Aéreas de relevo e outras com renome internacional e instalaram-se na primeira classe das aeronaves, das classes executivas e económicas. Nenhuma tripulação deu conta.

    Aterrou em múltiplas cidades do mundo inteiro, deslocou-se em táxis e em diferentes transportes públicos como os autocarros, o Metro, os chamados carros eléctricos, nos UBERS, na Cabify e nas embarcações que ligam diferentes capitais do mundo e hospedou-se em hotéis de luxo, em hostels, nos passeios em que caminhamos, nos bancos das avenidas e das ruas que percorremos , nas caixas multibanco, nas portas e mesas de café, nos balcões de imensas lojas não permitindo o mesmo que se pudesse visualizar a sua dimensão e sentir a sua agressividade. Coabita com o silencio, mas um silencio não saudável e que nos conduz a um grande desespero quotidiano a nível planetário.

    Os Governos apesar dos apelos imensos às suas Populações não conseguem travar o mesmo no seu crescimento global. O COVID 19 deixou de ouvir os discursos políticos, a Comunidade científica Mundial tem agido de modo com que fiquemos a Olhar e a Sentir o mundo a partir de uma janela ou de uma cama de Hospital. Estamos perante uma completa desigualdade e temos todos que repensar novos modos de vida e de estar.

    Faço uma pergunta ao COVID 19: Porque que te instalaste e vais infectando tantos inocentes de diferentes escalões etários ? Precisas que a classe política mundial te escute com mais atenção e perceba todos os dias que o exercício de Governar implicar pensar, reflectir e pensar ? È que já morreram muitos Inocentes sem poderem dizer Adeus aos seus ente queridos e dize-lhes o quanto os amavam. Afinal amar é um acto tão Humano que talvez precises de ser amado para deixar com tranquilidade toda a Humanidade. Já sabemos que demonstraste a tua força e não olhaste a meios para atingir fins. Uma parte substantiva da População Mundial tem morrido, mas como em todas as ” guerras ” existem sobreviventes para contar a factualidade da História. COVID 19; procura ser solidário, fraterno e justo com todos os Povos e Estados do Mundo. Todos te agradecemos e estou certos que os mais egoístas e insensíveis da Humanidade tenham aprendido esta constante lição da nossa Vida.

    Existem exemplos de grande nobreza humana péla Solidariedade prestada a quem infelizmente esta confrontado contigo. Mas procuremos um Novo Tempo de Paz e Diálogo para que a Guerra acabe de vez e regresse também à consciência colectiva mundial e individual, uma outra atitude face à Vida e a todos Seres Humanos. É tempo de Pensar ” Se a Cidade Fosse um LIVRO”. E Se as Cidades fossem um Livro, cada página contaria como as Ruas estão vazias e a proximidade por imperativos da Pandemia obriga-nos no presente e no futuro, a manter o Distanciamento Social e outras e novas atitudes a ter neste Novo Tempo. É necessário ter Esperança, mas nada será igual. Perante às Novas Mutações resultantes da Pandemia, a vida irá recriar-se e reinventar-se. Mas deixo um apelo: que a Memória individual não seja curta e que se lembre desta imperativa paragem global. Humanizar globalmente toda a Sociedade terá que ser a estrada a percorrer no devir destes Novos Tempos. Todos sem excepção teremos que fazer este exercício de pensamento e pensar o quão vital é a Vida e a Condição Humana. Basta ter vontade para exercitar novas práticas no domínio do Desenvolvimento Humanos, dos Direitos Humanos e de efectivo investimento no Sistema Mundial de Saúde Pública, da Educação e de inteligentes e antecipadas Políticas Públicas.

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