
O Papa Bento XVI preside hoje, no Vaticano, à oitava celebração de canonizações desde o início do seu pontificado, declarando novos santos dois religiosos italianos e uma religiosa espanhola.
Num dia dedicado pela Igreja Católica às missões, o Papa canoniza Guido Maria Conforti (1865-1931), arcebispo de Parma (Itália), fundador dos Missionários de São Francisco Xavier.
Os outros novos santos são Luigi Guanella (1842-1915), padre e fundador da Congregação dos Servos da Caridade e do instituto das Filhas de Santa Maria da Providência, Bonifacia Rodríguez de Castro (1837-1905), fundadora da Congregação das Servas de São José.
A canonização – acto reservado ao Papa desde o século XII – é a confirmação, por parte da Igreja Católica, que um fiel católico é digno de culto público universal e de ser dado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.
A última cerimónia do género decorreu a 17 de Outubro do ano passado, quando foram proclamados seis novos santos, no Vaticano, com destaque para Mary Helen Mackillop (1842-1909), a primeira santa nascida na Austrália. Desde o início do pontificado de Bento XVI, em 2005, há 34 novos santos. Das oito cerimónias de canonização, apenas uma não decorreu na Praça de São Pedro: Frei António de Sant’Anna Galvão foi declarado Santo em São Paulo (Brasil) no dia 11 de Maio de 2007.
Bento XVI vai promover no próximo dia 27 um novo encontro mundial de líderes religiosos “pela justiça e a paz”, na cidade italiana de Assis, à semelhança do que fez João Paulo II em 1986.
O programa desta jornada de “reflexão, diálogo e oração” foi apresentado pelo Vaticano, em conferência de imprensa, anunciando a presença de 17 delegações das Igrejas cristãs do Oriente – incluindo o Patriarca Bartolomeu I de Constantinopla (Igreja Ortodoxa) –, 13 Igrejas ocidentais – com a presença do primaz anglicano, arcebispo Rowan Willams – , uma representação do Grão Rabinato de Israel (judaísmo) e outros 176 representantes de diversas tradições religiosas.
Do Médio Oriente e dos países árabes vão chegar 48 muçulmanos à cidade que viu nascer São Francisco de Assis, na qual se reuniram líderes religiosos em encontros similares convocados por João Paulo II, em 1986 e 2002.
A Santa Sé destaca ainda a presença de um sobrinho de Mahatma Gandhi, na representação hindu, para além de quatro professores europeus “que se professam como não crentes”, entre os quais o economista Walter Baier, do Partido Comunista Austríaco.
Bento XVI vai passar o dia inteiro em Assis, após uma viagem de comboio, estando prevista uma celebração especial, no dia 26, em vez da audiência pública semanal na Praça de São Pedro.
Fonte: Jornal de Angola
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