“Não cederemos à chantagem”, afirmou Hanan Ashrawi, membro do comité executivo da Organização de Libertação da Palestina (OLP) sobre a recente decisão do Presidente dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
“O Presidente Trump sabotou a nossa procura de paz, liberdade e justiça. E agora atreve-se a culpar os palestinianos pelas consequências das suas próprias ações irresponsáveis”, indicou, em comunicado.
“Os direitos palestinianos não estão à venda. Ao reconhecer Jerusalém ocupada como capital de Israel, Trump não só violou a lei internacional, como destruiu as bases da paz, aceitando a anexação ilegal da cidade por Israel”, sublinhou Ashrawi.
Na terça-feira, Trump ameaçou cortar a ajuda financeira dos Estados Unidos à Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) por se recusar a participar no processo de paz no Médio Oriente, depois de Washington ter reconhecido, a 06 de dezembro, Jerusalém como a capital de Israel.
“Com os palestinianos sem qualquer vontade de falar de paz, por que lhes deveremos fazer qualquer um destes imensos pagamentos futuros?”, escreveu o Presidente norte-americano.
A decisão de Trump sobre Jerusalém foi saudada por Israel, mas enfureceu os palestinianos e desencadeou distúrbios e confrontos, que resultaram na morte de 13 palestinianos.
Na altura, Trump indicou que não especificava as fronteiras da soberania israelita na cidade e pediu que não se modificasse o ‘status quo’ dos locais sagrados de Jerusalém.
Em reação ao anúncio de Donald Trump, o Presidente da ANP, Mahmud Abbas, afirmou que Washington não pode atuar como mediador do processo de paz e suspendeu os contactos com representantes norte-americanos do dossiê.
Israel ocupou Jerusalém Oriental durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexou a cidade em 1980, contra a posição da comunidade internacional. Os palestinianos reivindicam Jerusalém Oriental como capital de um futuro Estado da Palestina. (Notícias ao Minuto)
por Lusa