Muitas vezes procuramos algo que sonhamos e tentamos viver presos nesta ilusão. Muitas vezes acreditamos estar certos, quando, na realidade, somos nós mesmos a nos enganar desta certeza. Os outros nos enxergam como somos, não temos a coragem de nos aceitarmos. Olhamos em nossa volta e enxergamos o que queremos ver, não o que está ali, para nos fazer crescer.
Acreditamos ser sempre os melhores, mas ignoramos a sabedoria das crianças. Não visualizamos o mundo real, assim como os animais que sentem a nossa alegria, nossa tristeza e nossos medos. Veja nossos cães. Dormem ao relento, comem nossas sobras e, mesmo assim, ainda nos protegem contra o inimigo.
Se os maltratamos, eles rapidamente nos perdoam. Basta que o chamemos e façamos um cafuné na orelha ou, passamos nossos pés sujos em seus pelos.
Não temos ainda o dom de ver a beleza nas flores, no cheiro de mato, no cheiro de terra molhada quando passa a chuva. Enxergamos apenas a destruição daquilo que as águas levam quando chegam á terra.
Ignoramos a energia do sol e nos esbravejamos quando ele dá sinais de que estamos errados e destruindo a natureza. Queimamos nossas florestas, destruímos nossas matas e reclamamos do calor.
Egoístas, olhamos apenas para nosso umbigo e esquecemos-nos daqueles que sofre em nossa volta, aqueles que têm menos do que nós e que sorriem, da mesma maneira quando estão felizes.
Achamos que a lua numa noite escura deveria guiar apenas nosso caminho, quando a estrada serve a todos.
Vivemos de ilusões e aceitamos apenas aquilo que nos convém. Tolos! Somos crianças rebeldes querendo chegar a lugar nenhum.
Desta vida nada levamos, a não ser as amizades que conquistamos, os amigos que deixamos ao longo da estrada de nossa vida e que, jamais nos lembramos de perguntar a eles como estavam! Ignorantes sem rumo e medíocres diante do mundo.
Nada! Não somos nada! Apenas eufemismo!
Por Gregório José (Jornalista/Radialista/Filósofo)