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    Oposição queniana anula manifestações no leste do país devido à violência

    O chefe da principal formação política da oposição queniana, Raila Odinga, e o seu diretor de campanha, Musalia Muadavadi, anularam esta terça-feira a sua deslocação a Meru, no leste do país, depois da ocorrência de violentas manifestações, indica um comunicado da NASA, uma coligação da oposição.

    Odinga, declarou que a direção da NASA devia visitar Laare, na província de Meru, mas anulou finalmente a viagem depois que violentos protestos eclodiram no local previsto da reunião.

    “Tivemos de anular a visita devido à insuficiência de segurança no local e o surto da violência que abalou a área em prelúdio à nossa visita”, declararam num comunicado comum, Raila Odinga e Mudavadi.

    Segundo a oposição queniana, a violência e a deterioração da segurança no país não são espontâneas.

    “Foram todas patrocinadas pelo partido no poder, o Partido do Jubileu. Com efeito, a Polícia apoiou os jovens do partido que infiltraram a manifestação, lançando lacrimogéneos contra militantes da NASA”, indicou Odinga.

    Os dirigentes da oposição queniana lançaram uma campanha para exortar os seus militantes a boicotar e a rejeitar as próximas eleições presidenciais de 26 de outubro.

    “Realizamos campanhas durante décadas em Meru. Conhecemos bem as populações que lá vivem e o nível de simpatia que nos dedicam”, rematou Odinga.

    Durante as últimas eleições que foram anuladas pelo Tribunal Supremo, a 1 de setembro passado, a oposição denunciou que os seus sufrágios na localidade do Meru estavam viciados.

    O partido no poder acusa, por seu turno, a oposição queniana de querer boicotar e manchar as eleições presidenciais por medo de ser batida.

    Segundo a oposição, o partido no poder, assustado por não poder organizar eleições transparentes, livres e equitativas, está determinado a dificultar o acesso da oposição a algumas partes do país onde os membros da oposição são declarados “persona non grata”.

    Os Quenianos devem compreender que a situação política do país está a deteriorar-se, sublinhou Odinga, acrescentando que as conquistas democráticas “estão a ser ignoradas e substituídas por uma ditadura”.

    Por isso, lançou um apelo a todos os Quenianos “para que resistam à tendência para o recuo e para que se recusem a ser treinados em confrontos étnicos mal concebidos para manter a ditadura do partido no poder”. (Panapress)

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