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    ONU declara crise de fome

    A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou oficialmente, ontem, situação de crise de fome em Bakool e Baixo Shabelle, no sul da Somália.
    O coordenador dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas para a Somália disse em conferência de imprensa em Nairobi, Quénia, que “em cada dia que nos atrasamos a dar assistência é, literalmente, uma questão de vida ou morte para as crianças e as famílias afectadas pela crise de fome”.
    Mark Bowden advertiu que “se não agirmos agora, a crise de fome vai estender-se às oito regiões do sul da Somália nos próximos dois meses, devido às pobres colheitas e aos surtos de doenças infecciosas”.
    O responsável humanitário da ONU sublinhou que a crise “representa a mais grave situação de insegurança alimentar no mundo, com os índices de desnutrição mais elevados, que chegam a 50 por cento em algumas zonas do sul do país”.
    Os dados divulgados pelo dirigente das Nações Unidas mostram que quase metade da população da Somália, cerca de 4 milhões de pessoas, se encontra em situação de crise humanitária. Quase três milhões estão no sul do país, que se encontra sob o controlo da milícia islâmica Al Shabab, vinculada à Al Qaeda.
    Na terça-feira, as Nações Unidas anunciram a intenção de declarar crise de fome em algumas partes da Somália que atingiram o estado mais crítico, com escassez crónica de água e alimentos. É a primeira vez em 19 anos que essa situação é enfrentada na região.
    De acordo com as Nações Unidas, 30 por cento das crianças estão mal nutridas e há um índice de quatro mortes diárias por cada 10 mil crianças.  A seca e os seus efeitos no chamado “Corno de África” mantêm em situação precária pelo menos 10 milhões de pessoas da região, segundo as Nações Unidas.

    Recrutamento de crianças

    A organização de direitos humanos Amnistia Internacional (AI) denunciou a prática de recrutamento generalizado e sistemático de crianças na luta armada na Somália. Um relatório divulgado pela organização denuncia que os grupos islâmicos e o governo transitório estão a usar menores no conflito, alguns com apenas oito anos.
    De acordo com a AI, o grupo Al Shabab atrai menores com promessas de pagamento em dinheiro e telefones, mas também sequestra muitos deles.
    Alguns menores são usados na frente de combate e outros trabalham para garantir que meninas e mulheres sigam as rígidas regras islâmicas do grupo, especialmente no que diz respeito ao vestuário.

    Fonte: Jornal de Angola

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