O Conselho de Segurança da ONU reforçou nesta segunda-feira as sanções contra a Coreia do Norte na sequência do lançamento falhado de um foguetão que, segundo Pyongyang, serviria para pôr em órbita um satélite, mas que para vários países foi uma manobra com intenções bélicas.
Ao lembrar as sanções já decretadas contra a Coreia do Norte em 2006 e 2009, o Conselho de Segurança sublinhou que a ONU “agirá em conformidade” no caso de um novo ensaio nuclear ou balístico e decidiu “ajustar as medidas” já decretadas.
O Conselho de Segurança pediu ao Comité de Sanções da ONU que complete e actualize a lista de entidades ou artigos sujeitos a sanções, sublinhou a AFP. Essa lista deverá agora ser fornecida ao Conselho de Segurança, nos próximos 15 dias.
Numa declaração aprovada por unanimidade, aceite inclusivamente pela Rússia e a China, o Conselho de Segurança “condenou firmemente” o lançamento do foguetão norte-coreano, que considerou “uma violação grave das resoluções da ONU”, nomeadamente as resoluções 1718 de 2006 e 1874 de 2009 que impedem a Coreia do Norte de realizar qualquer actividade nuclear ou balística. Este lançamento, adiantou o Conselho de Segurança, “causou graves preocupações para a segurança na região”.
Na declaração desta segunda-feira é exigido à Coreia do Norte que não realize mais ensaios balísticos e que abandone o seu programa de armamento nuclear. E também é reiterada a intenção de “agir em conformidade” caso isso não seja respeitado, sem que seja referido o tipo de resposta que poderá ser dada.
Numa outra declaração, na sexta-feira, os 15 países membros do Conselho de Segurança “deploraram” o lançamento do foguetão norte-coreano, sem referir a questão das sanções devido às reservas então apresentadas pela Rússia e a China.
De acordo com as sanções já aplicadas, a Coreia do Norte está impedida de proceder a qualquer ensaio nuclear ou balístico e de comercializar qualquer material que possa ser usado para esses fins. Nas sanções decretadas em 2009 foram reforçadas as sanções financeiras contra diversas entidades norte-coreanas.
Fonte: Público