Os trabalhos de colocação do asfalto nos 102 quilómetros de estrada que liga a comuna do Longa e a sede municipal do Cuito Cuanavale, província do Kuando-Kubango, estão paralisados desde o princípio do ano, por falta de financiamento, disse o director-geral adjunto da empresa de construção civil encarregue pela obra.
Mário Gama esclareceu, durante a visita realizada ao local pelo director provincial das Obras Públicas, Manuel Merito, que dos 57 milhões de dólares que a sua empresa tinha de receber do Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA) pela empreitada, apenas lhe foram pagos 20 milhões.
Com este montante, a sua empresa comprou os equipamentos, desbravou a terra, desminou o troço e procedeu à abertura de valas de drenagem, além dos trabalhos de sub-base, numa extensão de 39 quilómetros, 47 quilómetros de aterros e seis quilómetros de base.
O montante serviu ainda para pagar ao salários e a alimentação dos trabalhadores e cerca de nove milhões de dólares foram entregues a uma empresa namibiana, contratada para reparar o troço, mas que infelizmente se foi embora sem deixar rasto, explicou Mário Gama.
No terreno, os trabalhos de nivelamento e ampliação da estrada estão a ser executados de forma tímida e só não foram suspensos, porque a empresa recebeu, aquando da visita do ministro do Urbanismo e Costrução àquela província, efectuada em Junho, a garantia de o problema financeiro ser ultrapassado, o que não aconteceu. Mário Gama realçou a importância do troço, por ser uma via de fundamental importância para o desenvolvimento dos municípios de Mavinga e Rivungo, passando no Cuito Cuanavale.
O director das obras públicas no Kuando-Kubango, que constatou no terreno o andamento das obras, enalteceu os esforços que estão a ser empreendidos pela empresa de construção civil e prometeu interceder junto do Instituto Nacional de Estreda de Angola (INEA) para que as verbas sejam disponibilizadas o mais breve possível, para não intorromper os trabalhos.
Fonte: Jornal de Angola