O Presidente norte-americano, Barack Obama, disse esperar que o modo como vem conduzindo a economia seja julgado nas eleições de 2012 mas reconheceu que a economia ainda não está a crescer de forma rápida.
“Tomamos as decisões certas, as coisas teriam sido muito piores se não tivéssemos tomado essas decisões, que não são tão satisfatórias porque faltam empregos”, disse Obama em entrevista à rede de televisão CBS, gravada na semana passada e transmitida durante as suas férias anuais em Martha’s Vineyard, uma ilha perto de Boston.
“Entendo isso e espero ser julgado daqui a um ano sobre se as coisas vão continuar a melhorar ou não”. A taxa de desemprego nos EUA está travada nos 9,0 por cento e o crescimento económico foi muito fraco no primeiro semestre de 2011, levando muitos norte-americanos a questionarem se os estímulos e as medidas de socorro financeiro de Obama após a crise financeira funcionaram.
Questionado sobre a queda do mercado de acções no mês passado, Barack Obama disse que as preocupações sobre a recuperação norte-americana estão a contribuir para o nervosismo do mercado de investidores, juntamente com “ventos contrários” oriundos da crise dadívida na Europa, da alta nos preços dos combustíveis e das consequências do terramoto no Japão. Na entrevista, Obama disse não ver perigo de uma nova recessão, mas considerou haver risco de a economia não recuperar o suficiente para resolver uma “verdadeira crise de desemprego”.
Obama deve gastar boa parte dos seus nove dias de férias a trabalhar num programa destinado a impulsionar a actividade e a economizar mais que a meta de 1,5 trilião de dólares em despesas, imposta por um novo comité do Congresso para cortes de défice. A ampliação de um benefício tributário sobre a folha de pagamentos – medida que, segundo a Casa Branca, ia encorajar empresas a aumentarem as contratações, mas que para alguns economistas faz pouca diferença – vai ser incluída no programa que Obama anuncia no próximo mês, disse o estratego da campanha de Obama, David Axelrod.
O Presidente dos Estados Unidos acusou o Congresso de atrasar a recuperação económica ao impedir a aprovação de medidas de “senso comum” que criam empregos e impulsionem do PIB daquele país.
Fonte: Jornal de Angola