O presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Barack Obama, disse na reunião do G-8 (Grupo dos países mais desenvolvidos do mundo), que decorreu de quinta a sexta-feira, na cidade francesa de Deauville, que “os EUA vão implementar uma estrutura clara e credível de consolidação orçamental de médio prazo”, referiu a agência de notícias alemã Deutsche Presse-Agentur.
A declaração de Barack Obama surgiu poucas semanas depois da agência de notação financeira Standard & Poor’s ter reduzido as perspectivas para o “rating” da dívida norte-americana de longo prazo, de “estáveis” para “negativas”.
O défice orçamental dos EUA deverá atingir 9,1 por cento do PIB este ano, mais do que o dobro da Zona Euro.
Por seu lado, a Europa já adoptou um “pacote abrangente de medidas para solucionar a crise da dívida soberana que enfrentam alguns membros da Zona Euro, como a Grécia, Portugal e Irlanda, e continuará a lidar com esta situação com determinação”, pode ler-se no documento preparatório do G-8 (Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia e EUA).
O G-8 quer mostrar a sua influência também no plano económico e não apenas no político. Ao agendar temas como a sucessão no Fundo Monetário Internacional (FMI) e a relação com países emergentes, o G-8 pretende mostrar que ainda é um fórum legítimo de deliberações para o mundo das finanças.
Entre os principais assuntos da reunião estavam dois pontos directamente ligados à crise económica que afectam países da União Europeia vizinhos do mundo árabe. O primeiro diz respeito ao FMI (Fundo Monetário Internacional).
O Governo francês avançou o nome da ministra da Economia de França, Christine Lagarde, para a direcção do Fundo. Além disso, o G-8 discutiu e aprovou um programa de financiamento de reconstrução económica dos países do mundo árabe que enfrentam convulsões sociais. É o caso da Tunísia e do Egipto, que precisam de recursos internacionais para enfrentar a penúria da indústria do turismo.
Fonte: Jornal de Angola