A intervenção de Barack Obama na Assembleia-Geral das Nações Unidas foi construída em torno do tema do extremismo, ou melhor, das formas de o combater.
O presidente americano garantiu que os Estados Unidos farão “tudo ao seu alcance” para impedir que o Irão consolide um arsenal nuclear. Mas começou por falar das relações entre Teerão e o regime de Bashar al-Assad que, declara, “tem de cair”.
Segundo Obama, “o governo iraniano continua a apoiar um ditador em Damasco e a sustentar grupos terroristas além-fronteiras. Ao longo do tempo, não conseguiu demonstrar que o seu programa nuclear é pacífico e que respeita as condições das Nações Unidas.”
O também candidato democrata a um novo mandato louvou o “progresso” que a primavera árabe representa, lamentando, no entanto, os episódios de violência que têm manchado essa evolução. Disse Obama, referindo-se ao embaixador americano morto em Benghazi, “o futuro será determinado por pessoas como Christopher Stevens, não pelos seus assassinos.”
Na qualidade de chefe de Estado e de comandante militar, reconheceu que há pessoas que o criticam todos os dias, o que considera legítimo. Mas, ressalvou, “não há palavras para desculpar a morte de inocentes. Não há vídeo nenhum que justifique um ataque a uma embaixada. Não há difamação que permita queimar um restaurante no Líbano, ou destruir uma escola em Tunes, ou provocar morte e destruição no Paquistão.”
Mais de 120 responsáveis políticos vão passar por esta Assembleia-Geral que Ban Ki-moon pretende que seja um encontro para fornecer respostas e não simplesmente, nas suas palavras, “um espelho a refletir um mundo dividido”.
Fonte: EURONEWS