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    Novos embaixadores em Angola

    China, Zâmbia e Nigéria têm, desde ontem, novos representantes diplomáticos em Angola. A cerimónia de acreditação dos novos embaixadores destes países decorreu na manhã de ontem, no Salão Nobre do Palácio Presidencial, em Luanda.
    A representação diplomática da China passa a ser dirigida por Gao Kexiang, diplomata de 56 anos, que tem na sua folha de serviços passagem pelo Brasil, como primeiro secretário e ministro conselheiro, e Guiné-Bissau, onde foi embaixador extraordinário e plenipotenciário.
    Gao Kexiang substitui Zhang Bolun, que dirigiu a missão diplomática chinesa durante cerca de três anos. Gao chega a Luanda numa altura em que as relações entre Angola e a China são dominadas por um crescendo na cooperação económica e financeira, e na consolidação da parceria político-diplomática. O processo de reconstrução do país, após cerca de três décadas de guerra, tem o suporte da China. Fruto de uma série de acordos de âmbito bilateral, Angola pode desenvolver um vasto programa de recuperação, construção de infra-estruturas económicas e relançamento da sua economia, sendo-lhe reconhecidas as altas performances de crescimento económico.
    Na embaixada da Nigéria, Folorunso Olukoyode Olukoya sucede a Yaswat Gukas. O novo representante diplomático tem 55 anos, e nasceu na região de Odosimadegun, Estado de Ogun. Folorunso Olukoya assume a embaixada nigeriana numa altura em que relações entre os dois países podem ser consideradas boas, mas, como disse em Maio último o embaixador Yaswat Gukas, ao despedir-se, “é possível fazer mais, sobretudo na cooperação económica”. Angola e Nigéria, os dois maiores produtores de petróleo em África, têm ainda pontos de interesse comum no plano multilateral. Ambos dirigem, respectivamente, a CPLP e CEDEAO, organizações que estão directamente envolvidas no programa de reformas do sector de defesa e segurança da Guiné-Bissau.
    A embaixada da Zâmbia em Angola, por seu turno, passa a ser dirigida por Raphael Chishela. O militar reformado do exército zambiano, de 60 anos, sucede a Marina Mukolokota Nsingo. As relações político-diplomáticas entre Angola e a Zâmbia  assentam em acordos de princípio assinados aquando da primeira conferência permanente de cooperação, em 1979.
    O major general Raphael Chishela assume o cargo numa altura em que as relações entre Angola e a Zâmbia podem ser consideradas estáveis, no plano bilateral, e com grande margem de evolução no que diz respeito à cooperação multilateral, que tem como principal baluarte a bacia do Kavango, situada na fronteira entre os dois países, e que integra o projecto transfronteiriço Okavango/Zambeze. Abrange uma área de 278 mil quilómetros quadrados, engloba Angola, Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe. Angola detém a segunda maior parcela, com 87 mil quilómetros, atrás da Zâmbia, que disponibilizou 97 mil quilómetros quadrados.

    Fonte: Jornal de Angola

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