Centenas de milhares de pessoas visitaram já os três quilómetros de extensão da Marginal, dez dias depois da inauguração da primeira fase das obras de requalificação da Baía de Luanda pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Yolanda da Cruz, do departamento de relações públicas do Grupo Baía de Luanda, empresa responsável pelas obras, disse que a Marginal, além de evidenciar uma nova realidade arquitectónica, tem também como objectivo proporcionar espaços de lazer aos seus visitantes. Sábados e domingos são os dias em que se regista um maior número de pessoas, que fazem daquele espaço um lugar para ocupar os tempos livres. A Marginal oferece espaços de lazer para todas as idades, tais como parques infantis, quadras de basquetebol, zonas verdes e passeios para a prática de caminhada ou de qualquer exercício físico individual. Além disso, tem uma vista dupla. De um lado, o oceano Atlântico e do outro a paisagem urbanística da cidade que cresce a cada dia que passa.
Para a manutenção e higiene existem três empresas subcontratadas que criaram 600 postos de trabalho directos. Uma empresa especializada em jardinagem e rega, a SIS, foi contratada para tratar dos espaços verdes. A SIS está implantada em Angola há mais de quatro anos e é também responsável pela manutenção dos relvados dos estádios de futebol que albergaram os jogos do Campeonato Africano das Nações (CAN) de 2010.
A ELISAL e a VISTA são as duas operadoras que se encarregam da limpeza e recolha de resíduos em todos os espaços da nova Marginal.
Dentro de seis meses está prevista a abertura de restaurantes. Está igualmente projectada a instalação no local de esquadras móveis para garantir tranquilidade e segurança às pessoas.
António João, fotógrafo de profissão, disse ao Jornal de Angola que a abertura do espaço veio beneficiar a sua actividade. O fotógrafo explicou que antes não tinha um lugar fixo onde trabalhar, mas agora tem a Marginal para ganhar o sustento da família. “Agradeço aos promotores do projecto e peço ao público para cuidar este bem como se fosse a sua própria casa”.