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    Nobel da Literatura 2012 para chinês Mo Yan

    A Academia Sueca atribuiu nesta quinta-feira o Prémio Nobel da Literatura ao escritor chinês Mo Yan.

    O anúncio foi feito nesta quinta-feira, às 12h, em Estocolmo. Este é o quarto prémio atribuído pela Academia Sueca em 2012 depois do Nobel da Medicina (John Gurdon e Shinya Yamanaka), da Física (Serge Haroche e David Wineland) e da Química (Robert Lefkowitz e Brian Kobilka). Na sexta-feira será atribuído o Prémio Nobel da Paz.

    No ano passado, o Nobel da Literatura foi entregue ao poeta sueco Tomas Tranströmer, cuja obra só foi editada este ano em Portugal.

    Esta manhã, na sala de imprensa da Feira do Livro de Frankfurt, quando faltavam três minutos para a apresentação do prémio os jornalistas foram-se aproximando com cadernos, iPads e telemóveis na mão. Dois minutos. Zero. Quando foi dito o nome do escritor chinês Mo Yan não houve nenhuma agitação. Ouviu-se mais barulho dos jornalistas que estavam em Estocolmo a assistir ao anúncio do prémio. Não tardou a que os jornalistas dispersassem e regressassem à feira. É verdade, porém, que na sala de imprensa não se encontrava nenhum jornalista chinês e por isso não aconteceu o mesmo que em 2010 quando foi anunciado o nome de Mario Vargas Llosa e os hispano-americanos fizeram a festa.

    Mo Yan entra agora no restrito grupo de 109 autores que receberam o Nobel da Literatura desde 1901. Desses 109, 12 são mulheres e dois recusaram o prémio: Boris Pasternak (1958) rejeitou “por causa do significado que este prémio tem para a sociedade soviética” (a medalha acabou por ser entregue ao filho, Yevgenii Borisovich Pasternak, em Dezembro de 1989, quase três décadas após a morte do escritor); e Jean Paul Sartre (1964), que declinou porque sempre rejeitou honrarias, e além disso achava que a distribuição dos prémios não respeitava a igualdade entre culturas e povos.

    Apesar de haver 109 premiados, o prémio só foi atribuído 105 vezes, porque em quatro ocasiões houve dois distinguidos. Em 1904 ganharam Frédéric Mistral e José Echegaray, em 1917 venceram Karl Gjellerup e Henrik Pontoppidan, em 1966 o Nobel foi para Shmuel Agnon e Nelly Sachs e em 1974 foram premiados Eyvind Johnson e Harry Martinson.

    A esta lista de curiosidades pode-se acrescentar as sete ocasiões em que não houve Nobel da Literatura: 1914, 1918, 1935, 1940, 1941, 1942 e 1943. Razões? As guerras mundiais e, sobretudo o facto de a Academia ter considerado que ninguém preenchia o desígnio do Nobel da Literatura, que visa premiar “a pessoa que tenha produzido no campo da literatura o trabalho mais extraordinário numa direcção ideal”.

    Os Prémios Nobel, atribuídos em diferentes categorias, são um legado de Alfred Nobel, que deixou escrito em testamento, em 1895, que parte significativa da sua fortuna seria destinada aos prémios, sendo uma das categorias a Literatura.

    FONTE: Público

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