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    Músicos e civismo são as referências

    A interacção entre os músicos e o público que acorreu à Marginal do Sumbe e o civismo da plateia foram as características do primeiro dia da 12ª Edição do Festival Internacional de Música do Sumbe “Festisumbe”, que teve início sexta-feira.
    Com um elenco artístico diversificado, o festival revelou-se ainda inovador nos aspectos técnicos e contou com a presença de pessoas dos outros municípios do Kwanza-Sul, bem como das províncias do Huambo, Bié, Benguela e Luanda.
    Com o início marcado para às 21 horas, o festival começou uma hora depois, devido aos condicionalismos técnicos inerentes à conexão com a grelha da programação da televisão pública de Angola (TPA) e a transmissão em directo do Festisumbe.
    Às 22h00, após o lançamento do fogo-de-artifício que deu arranque à festa, o músico Nolasco do Rosário, do Kwanza-Sul, fez as honras da casa com os temas “Angola Jardim” e “Pecado”. Depois subiu ao palco o grupo folclórico Ana Carolina, do Libolo, que cantou e dançou algumas músicas tradicionais da região. Arsénio Morais fechou a actuação dos artistas locais, com “Vamos respeitar a nossa tradição”.
    Depois das honras da casa, foi a vez dos músicos consagrados como Ângela Ferrão, que interpretou, com o acompanhamento da Banda Voga, liderada por Flay, os temas “Céu Azul” e “Wanga”.
    Proletário foi o convidado seguinte. No seu jeito peculiar, mostrou que ainda tem fôlego para cativar os seus fãs. Alguns minutos depois, foi a vez de Man Sembila pisar o palco e, em homenagem ao malogrado Mamborró, interpretar “Sábado de boda”. Antes da actuação, o cantor pediu um minuto de silêncio por este ícone da música angolana.
    De seguida, os Irmãos Almeida tomaram o palco e cantaram “Makongo”, “Morainha”, “Guilhermina” e “Balumuka”. Após receberem várias ovações do público, saíram e deixaram o local para Canícia, que fez a sua estreia no Festisumbe e mostrou aos presentes a força da nova geração de artistas angolanos. Já com um ambiente bastante aquecido, os O2, constituído por Walter Ananás e Bigú Ferreira, deram mais adrenalina à festa com os temas “Tu és pra mim” e “Timidez”.

    Com o frio da madrugada já a fazer-se sentir, Matias Damásio foi chamado ao palco para dar mais ânimo aos presentes. Acompanhado por suas bailarinas cantou, encantou e recebeu fortes aplausos do público. Seguiu-se, depois, o grupo de dança Pilukas, que ajudou na pausa dos músicos, antes de C4Pedro mostrar a sua popularidade. Convidado também pela primeira vez no Festisumbe, Hady Lima conseguiu justificar os anseios dos fãs.
    Por volta das 2h45, subiu ao palco o músico de Cabo Verde, Jorge Neto, que, acompanhado pela banda Voga, teve uma actuação brilhante. Questionado sobre o Festisumbe, o cantor, que participa pela segunda vez, foi categórico em afirmar que se sente gratificado e feliz pelo carinho dos angolanos. “Este festival traduz o aumento do intercâmbio entre a música angolana e a cabo-verdiana”, reconheceu, tendo anunciado o lançamento para breve de um novo álbum. Depois de 45 minutos, foi a vez de Titica e bailarinas assaltarem o palco com “Chão” e encerrarem o primeiro dia do festival.

    Aspectos secundários

    Outro ponto de realce do primeiro dia da actividade, segundo a organização, foi a postura das forças da ordem e a qualidade de som garantido pela empresa Sector 7. O Festisumbe, como é habitual, decorre na Marginal do Sumbe, onde está montado um palco, com 400 metros quadrados e um camarim com 200 metros quadrados.
    Quanto à iluminação e ao equipamento de som, estão montados aparelhos com uma potência de 150 mil Watts, suficientes, de acordo com a organização, para realizar um bom espectáculo.

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