O sector agrícola é, no âmbito do programa do Executivo de combate à fome e à pobreza, uma das prioridades do município do Ebo, no Kwanza-Sul, disse, no sábado, naquela localidade, ao Jornal de Angola, o seu administrador. Manuel José salientou a importância de haver uma classe empresarial forte, capaz de fazer funcionar o sector agrícola, e dos produtos locais servirem também para a exportação.
No município, referiu, há 199 fazendas, mas algumas sub aproveitados. “Temos consciência que o desenvolvimento do nosso município passa pela organização do sector agrícola por constituir a nossa principal actividade económica”, referiu, anunciando:
“Por isso, vamos apurar as razões da inércia de alguns fazendeiros e dar terras a quem realmente as trabalha”.
O administrador do Ebo declarou que, nove anos após a conquista da paz, não há motivos para um empresário continuar a ocupar largas parcelas de terras sem exercer actividade.
Manuel José manifestou-se a favor da adopção de uma cadeia que aglutine a agricultura, a indústria e a rede comercial para o desenvolvimento social e económico do município do Ebo.
O Ebo, lembrou, é potencialmente agrícola, possuindo terras férteis para o cultivo, entre outros produtos, de milho, feijão, jinguba, mandioca e banana.
Crédito de campanha
O administrador elogiou a iniciativa do crédito de campanha, aprovado pelo Executivo, frisando ter surgido no momento certo, pois estimula a actividade dos produtores.
A grande preocupação, disse, são “os preços altíssimos” dos imputes agrícolas praticados.
O programa de crédito de campanha, sugeriu, devia ser complementado com outro, que disponibilizasse equipamentos agrícolas, sementes melhoradas, fertilizantes e pesticidas.
Projectos sociais em execução
Os projectos sociais em execução no município, no quadro do programa integrado de desenvolvimento rural e de combate à pobreza e de outro, de cuidados primários de saúde, garantiu, satisfazem as necessidades das populações.
Outro dos problemas do município, acentuou, refere-se às vias de acessos, que precisam de ser reparadas com urgência.
“A localidade foi duramente afectada pela guerra e a sua recuperação requer intervenções profundas, a começar na sede municipal”, disse.
Apesar dos condicionalismos das vias de acesso, a administração municipal concebeu para este ano um programa que compreende a construção e reabilitação de infra-estruturas sociais, aquisição de equipamentos, saneamento e melhoria dos sistemas de abastecimento de água potável e de energia eléctrica.
Das acções em curso, algumas em fase de conclusão, destacam-se a construção de um tanque reservatório de água, com capacidade de 60 mil litros, para a sede do município, e um outro, com 70 mil, para os bairros da Sanga, Kissanje e Bem-Vindo.
Além disso, estão a ser reabilitados o parque e o jardim infantil, uma escola primária na sede municipal que vai permirtir o acesso de mais alunos, assim como construídos cinco chafarizes.
O plano para 2011 contempla, igualmente, a reabilitação do hospital municipal, do centro médico da comuna do Conde e dos postos de saúde da Sanga, Banza-Choa, Bango, Kissanje e Cassumba.
Previstos estão, ainda, a aquisição de motos, de um gerador e de equipamentos para reforçar o sector da saúde, sobretudo de apoio aos enfermeiros, a aquisição de painéis solares para o centro de saúde do Conde e posto de saúde de Banza-Kissobe.
Saúde e educação
A rede sanitária do Ebo é composta por um hospital municipal, dois centros de saúde, um na sede e outro na comuna do Conde, e oito postos.O corpo clínico é constituído por duas médicas e cinquenta e três enfermeiros. O município dispõe de duas ambulâncias.
As principais doenças da região são as diarreicas, a malária, respiratórias agudas, parasitoses intestinais, conjuntivite, anemias, infecções urinárias e da pele, além da e febre tifóide.
O Ebo tem 40 escolas, mas apenas uma do segundo ciclo. Neste ano lectivo estão matriculados 25.817 alunos, da iniciação à 12ª classe. Há 693 professores de vários escalões.
O município é rico em zonas de turismo e de lazer, mas a degradação das vias de acesso tem impedido a concretização de projectos, como são os casos das Quedas do Dembo, Centro do Hungulo e Quissobe. O município, com 2.520 quilómetros quadrados, tem mais de182 mil habitantes distribuídos por 141 aldeias.
Fonte: Jornal de Angola
É sempre bom saber que o Ebo está a renascer, tanto mais para um Angolano que ali nasceu e viveu até 1975. Saudades da minha terra, onde está o meu coração todos os dias. Espero que um dia, antes de morrer, ainda lá possa regressar e matar saudades daquela terra, daquele país em que até o cheiro da terra é diferente de todos os outros, para não falar nas pessoas. Obrigado Angola por tudo que me deste.
Em Primeiro Lugar agradeço o corpo executivo do Kuanza Sul, em particular do municipio do Ebo, pela as obras realizados durante os 12 anos de paz em Angola.
Em segundo Lugar, sou natural do Ebo e terminei a minha formação na área de contabilidade e gestão, quero bastante trabalhar na minha terra, peço aos excelentíssimos executivos que concedam-me uma vaga.
também fiz vários cursos profissionais.
obrigado.