O sétimo trabalho da cantora Lura, Multicolor, é lançado esta sexta-feira, com 10 novas faixas onde Lura escreve e interpreta temas que exploram desde a condição da mulher, à auto-descoberta, passando pelo racismo e a tolerância, como disse em entrevista à RFI. Lura vai estar em Paris no dia 02 de Outubro para apresentar este novo trabalho.
Neste novo álbum de originais, “Multicolor”, Lura fala sobre o que é importante na sua vida, na força das mulheres e na força da auto-confiança e da auto-estima, temáticas patentes em faixas como “Força dji Mujer” ou “Vou-me amar”, uma canção escrita pela própria artista.
“É o disco de uma Lura mais afirmativa, com uma consciência maior do que se passa à minha volta e este disco toca várias temáticas que me preocupam e fazem parte de mim, a questão da identidade, da auto-estima, empatia e importar-se com o outro. E a força da mulher na sociedade”, declarou.
Outro tema que a cantora luso-cabo-verdiana não teve medo de abordar foi o racismo com a canção “Preta”, onde Lura questiona se devido a uma cor de pele diferente se merece morrer, dizendo que o movimento “Black Lives Matter” assim como assassínio do actor Bruno Candé, em Portugal, a levaram a escrever essa letra.
“Em todo o Mundo, a pele negra tem um percurso de luta pela frente, é um facto. Quero retratar este aspecto porque na altura do desaparecimento de George Floyd ou de Bruno Candé, em Portugal, surgiu-me esta reflexão que vale sempre a pena. Esta temátoca tem a ver com esta fase afirmativa da minha vida em que falo normalmente sobre todos os assuntos incluindo o racismo”, indicou.