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    Mulheres na luta contra a pobreza

    Algumas jovens que beneficiaram do projecto de apoio às micro e pequenas empresas promovido pela Acção Humana

    A actividade empreendedora da população angolana permite o crescimento de novos inovadores e negócios. O empreendedorismo é reconhecido como um factor crítico para o desenvolvimento contínuo de Angola, uma vez que os empreendedores fomentam a inovação e a competitividade.
    É neste âmbito que a Organização Não Governamental angolana Acção Humana tem levado a cabo uma série de acções de formação de mulheres sobre o empreendedorismo e gestão de pequenos negócios, no Centro de Apoio e Mercado municipal do Asa Branca, município do Cazenga, em  Luanda.
    Um dos objectivos desse projecto, financiado pela ONG americana USAID, num valor de 240 mil dólares, é o de melhorar e capacitar as mulheres empreendedoras angolanas em matéria de negócios.
    Numa primeira fase, o projecto de apoio às micro e pequenas empresas de mulheres contou com a participação de duzentas e quarenta candidatas.
    Eva Tavares Miguel, vendedora há mais de oito anos no mercado, sito nos arredores da Base Central de Abastecimento (BCA), foi uma das beneficiárias do curso.

    Ela contou à reportagem do Jornal de Angola que a acção formativa foi bastante proveitosa, e hoje já consegue planificar e gerir melhor os seus negócios.
    Eva Miguel disse que foi através daquela acção formativa que conseguiu começar a desenhar os planos para a sua futura vida empresarial. Suzana Gomes, que também beneficiou do curso de empreendedorismo, vive no Cazenga e vende no mercado do Asa Branca há quatro anos, no sector dos colchões.
    Mãe de dois filhos, Suzana Gomes disse que com a conclusão do curso de empreendedorismo, em Agosto deste ano, já consegue planificar os seus negócios. Recordou que uma das primeiras aulas que recebeu durante o curso foi a forma de como se pode gerir um empréstimo bancário, bem como uma empresa.
    Considerou de benéfico o curso que frequentou. Sublinhou que a formação vai ajudar muito na sua futura carreira empresarial.
    Idalina Carvalho é vendedora de material de construção no Asa Branca e está a frequentar a segunda fase do curso de empreendedorismo, nas instalações da administração do mercado com o mesmo nome. Revelou que depois de três semanas intensas da acção formativa, ela e companheiras, estarão capacitadas para gerir os seus próprios negócios.
    Vanuza Luísa, de 22 anos de idade, é outra vendedora que também frequenta o curso de empreendedorismo. Encontrámo-la na secção de venda de colchões.
    Ela chega logo pela manhã, por volta das seis da manhã, ao mercado, e só sai de lá às 16 horas. À reportagem do Jornal de Angola disse que o negócio não é muito rentável mas o pouco que arrecada dá para sustentar os filhos em casa.
    De acordo com ela adquire os colchões na fábrica a um preço acessível e posteriormente revende para conseguir tirar algum lucro.
    “As vendas de colchões variam muito e às vezes há dias que se consegue vender 15, isto quando a procura é maior”, referiu.
    No local onde exerce a sua actividade de comercialização, ela desembolsa diariamente cento e cinquenta kwanzas para garantir o lugar e mais vinte que é pago por dia por cada colchão na casa do processo (local onde são guardadas as mercadorias).

    Apoio  

    Pombal Maria, representante da ONG angolana Acção Humana, disse ao Jornal de Angola que com o Centro de Apoio a Mulheres Empreendedoras “pretendemos apoiar as políticas de luta contra a pobreza do Executivo angolano”. Acrescentou que “achamos que, nós, os jovens, temos uma grande responsabilidade na luta contra a pobreza e o empreededorismo é a via para o desenvolvimento de um país. Um país se desenvolve pelo empreendedorismo dos seus cidadãos”.
    O responsável da Acção Humana revelou que o Centro, neste momento, já formou pouco mais de uma centena de mulheres empreendedoras dos mercados da BCA, Asa Branca, Tala Hady e de outras zonas do município mais populoso de Luanda,  como o Cazenga.
    Pombal Maria referiu que nesta grande empreitada, que é a luta contra a pobreza, existe a responsabilidade a vários níveis e “nós enquanto jovens estamos a cumprir com a nossa responsabilidade social”.
    Cerca de uma centena de mulheres, frisou, participam, actualmente, numa outra acção formativa a título gratuito.

    CÉSAR ANDRÉ

    Fonte: Jornal de Angola

    Fotografia: PAULO MULAZA

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