Presidente de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, outorgado com Medalha 17 de Setembro do MPLA
Luanda – O presidente de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, foi homenageado hoje (quarta-feira), em Luanda, pelo MPLA, com a outorga da Medalha “17 de Setembro”, do 1º grau, e um Certificado de mérito pelos feitos protagonizados em prol da independência de Angola.
Durante a cerimónia, realizada na sede nacional do MPLA, o vice-presidente do partido, Roberto de Almeida, disse ser uma grande honra e muita satisfação receber o presidente Pinto da Costa, que se encontra de visita oficial em Angola, o qual considerou “velho combatente da liberdade”.
“É uma alegria para nós poder reconhecer os feitos de pessoas que não se pouparam a esforços para os nossos países chegarem a independência nacional”, disse, referindo que dentre esses nomes consta o do presidente Manuel Pinto da Costa.
Lembrou que desde muito jovem, Pinto da Costa militou nas hostes da União Geral dos Estudantes da África Negra (UGEAN), e foi um dos fundadores do Comité de Libertação da São Tomé e Príncipe, que em 1972 veio a transformar-se no (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP).
FONTE: Angop
“Nesse quadro, foi um grande amigo do MPLA e continua a sê-lo, e também teve uma grande participação na Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas (CONCP), e mais tarde, após as nossas independências, na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)”, disse.
“Continua a ser um grande companheiro de luta, um amigo de longa data”, reconheceu Roberto de Almeida, que almejou uma cooperação reforçada e colaboração estreita, não só entre os governos de Angola e de São Tomé e Príncipe, mas também entre o MPLA e o MLSTP.
Em resposta, Manuel Pinto da Costa, que se considerou honrado por receber a medalha, enalteceu o gesto dos dirigentes do MPLA, sublinhando que a distinção estende-se a todos quantos contribuíram na luta de libertação, tanto são-tomenses como angolanos.
Declarou que o seu regresso à vida política activa deve-se ao facto de ter percebido que ainda podia dar a sua contribuição para que o povo de São Tomé e Príncipe possa alcançar os objectivos que o levaram a participar da luta contra o colonialismo português desde muito cedo.
“Estes objectivos ainda não estão alcançados e tenho ainda, apesar da idade, força e determinação suficientes para dar a minha contribuição para que o povo são-tomense possa atingir os propósitos preconizados”, narrou.
Considerou que a luta que se leva a cabo em São Tomé e Principie também é dos angolanos, tendo considerado Angola como um parceiro estratégico e fundamental.
“Gostaria que em conjunto lutássemos para que consigamos alcançar os objectivos que levaram o povo angolano e são-tomense à luta”, asseverou.
Assinalou o desenvolvimento que Angola tem vindo a registar desde que alcançou a paz definitiva em 2002, frisando que o país está no caminho certo para resolver os problemas do povo, ao mesmo tempo que felicitou as autoridades angolanas pelo sucesso.
A outorga foi anunciada por ocasião da realização do Colóquio Internacional sobre a história do MPLA, em Dezembro último, em Luanda.
Inserida no Sistema de Distinções do MPLA, a Medalha “17 de Setembro” tem dois graus, sendo o primeiro de ouro e o segundo de prata. Ela destina-se a reconhecer personalidades que, por mais de 30 anos, se destacaram na luta pela libertação dos povos, pela paz e desenvolvimento, solidariedade militante e amizade demonstrada para com o MPLA.
Assistiram a cerimónia, membros da direcção do partido e quadros de distintos departamentos do partido.