O secretário provincial de Luanda do MPLA para os assuntos políticos, Norberto Garcia, disse ontem, a OPAÍS que o seu partido não se opõe à transmissão dos debates parlamentares “ao vivo” na TPA, desde que haja verbas suficientes para o efeito.
O político respondia às recentes sugestões dos líderes da UNITA e da FNLA relativas à matéria, sustentadas com a necessidade de manter o eleitorado informado sobre o desempenho dos seus representantes.
Para Norberto Garcia, faz sentido que se promovam debates em directo e sublinhou que “não há dificuldade nenhuma, desde que haja dinheiro para se pagar isso e desde que este dinheiro não faça falta às áreas sociais”.
O político assegurou que o MPLA “é a favor disso e ninguém tem nada a temer, até porque faz sentido que os cidadãos saibam o que é que se está a discutir, que assunto está a ser tratado, no sentido de que a democracia se consolide cada vez mais.” O PAIS O PAIS O PAIS Em declarações a O PAÍS na passada semana, os líderes da FNLA e da UNITA exigiram a retomada das transmissões, em directo, pela Televisão Pública de Angola(TPA), dos debates parlamentares, suspensas ainda na primeira legislatura, por alegada falta de verbas.
A necessidade dos eleitores acompanharem o desempenho dos deputados, por eles eleitos, são algumas das justificações apresentadas por Lucas Ngonda e Isaías Samakuva.
“Se há dinheiro para o futebol e para os concursos de misses, pensamos que tem de haver dinheiro, também, para estes debates”, sugeriu, muito laconicamente, Isaías Samakuva.
O presidente da FNLA disse, por seu turno, que os debates em directo concorrem para a educação e formação dos eleitores.
“O povo de Angola deve seguir, a par e passo, as discussões dos seus representantes. Esconder essas discussões significa que voltamos ao sistema de partido único, que temos de colocar, já, fora do sistema democrático”, afirmou. A ideia foi também defendida pelo Secretário da Informação do PRS, Joaquim Nafoiya.
FONTE: O País