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    Moxico: Gabinete do Comércio vai punir operadores que especulam preços

    O gabinete provincial do Comércio, Indústria e Recursos Minerais do Moxico vai, nos próximos tempos, punir os operadores do sector que especulam os preços dos principais produtos comercializados na região, com vista a disciplinar a prática da actividade.

    A intenção foi manifestada pelo responsável do sector, Victor Pedro, durante um encontro de auscultação aos operadores comerciais locais, tendo em conta a aproximação da quadra festiva, período em que os membros da classe aplicam os preços de forma arbitrária para obtenção de lucros fáceis.

    Advertiu que desta vez, os comerciantes que optarem em infringir a lei, sem o consentimento do órgão regulador, neste caso, o gabinete provincial do Comércio Indústria e Recursos Minerais serão responsabilizados com multas pesadas.

    Antes de actuar de forma coerciva, explicou, numa primeira fase os órgãos competentes do sector do Comércio, realizarão a partir da segunda quinzena de Novembro a 15 de Dezembro, visitas de inspecção com carácter pedagógico, onde serão aconselhados os comerciantes a seguir as normas e procedimentos estabelecidos pela lei.

    Fez saber que a iniciativa visa sensibilizar os comerciantes para acautelarem questões que têm a ver com o saneamento dos seus estabelecimentos, a higiene na conservação das mercadorias comercializadas, evitando a mistura de produtos alimentares com os cosméticos nas mesmas prateleiras.

    O combate a disparidade de preços praticados pelos comerciantes entre as diferentes regiões também consta no programa das actividades a serem promovidas pelo gabinete provincial do Comércio Indústria e Recursos Minerais do Moxico, com vista a evitar a “super facturação” dos agentes económicos.

    Apontou, por outro lado, que o sector que dirige pretende igualmente, acabar com o fenómeno “puxada”, usado pelos comerciantes expatriados, que consiste na introdução no País de seus compatriotas para servir de mão-de-obra, sobretudo, nos balcões das suas lojas, em detrimento dos angolanos desempregados.

    Por seu turno, o comerciante, Omar Omahaha, oriundo da Guine Conacrí, disse que a disparidade de preços se deve a demora que se regista desde o período de pagamento da mercadoria até a data do seu levantamento e a oscilação do frete de transportação.

    “Dos produtos vendidos, 25 por cento são adquiridos na fábrica de plásticos, localizada em Luanda, onde tem que se pagar muitas vezes com antecedência e a mercadoria é disponibilizada depois de 20 dias, com os preços (sacos plásticos) a oscilar entre 900 a 850 kwanzas”, desabafou.

    Exemplificou que as suas 15 padarias que operam na cidade do Luena correm o risco de encerrar as portas e serem transferidas para a província de Benguela, devido as dificuldades na aquisição da farinha, a partir dos armazéns que comercializam o produto.

    O representante da firma “Costa Luzendo”, Amândio Marcos, pediu a Administração Geral Tributaria (AGT) a ponderar o sistema de cobrança dos emolumentos aos comerciantes locais, a julgar pelas dificuldades na aquisição dos produtos a partir do litoral do País.

    Ao corroborar com a ideia, o representante da firma “Cazololo”, Márcio Alves, relacionou que esta situação está na base da falência da maioria dos empreendedores angolanos que operam nesta parcela do território nacional.

    Enquanto isso, o inspector-geral adjunto do Gabinete do Comércio, Francisco Lopes, manifestou a necessidade de se estreitar as relações de trabalho entre o Estado e os comerciantes, para permitir mitigar a pobreza no seio da população.

    Sublinhou que para além de capitalizar os lucros, os comerciantes devem contactar regularmente, o gabinete do comércio e a direcção da inspecção para se actualizarem sobre algumas normas que regem a actividade comercial de forma a dominar melhor os seus dever e direitos. (Angop)

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