A Rússia não desistiu de convencer a OTAN da importância de criar um sistema de defesa anti-míssil conjunto na Europa, declarou, no domingo, à Rádio Eco, de Moscovo, o embaixador daquele país junto da Aliança Atlântica.
Dmitri Rogozin referiu que a “probabilidade de êxito não é grande” e revelou que Moscovo “exige garantias jurídicas e técnicas que a OTAN não aponta contra a Rússia os sistemas de defesa anti míssil”, sublinhando que a Organização Atlàntica “se recusa a dar essas garantias ao governo russo”.
Os Estados Unidos consideram, declarou, que a proposta não tem lógica por a Rússia não ser membro da OTAN.
Neste momento, disse, há duas possibilidades, ou os europeus concordam com um parâmetro único de segurança ou cada uma das partes cria o seu chamado guarda-chuva anti-míssil, cujo raio de acção não abranja territórios alheios.
“Em qualquer dos casos, vamos criar tropas aéro espaciais até ao fim do ano e, até 2015, o sistema de defesa anti-aéreo S-500, capaz de atingir alvos no Espaço”, acentuou, acrescentando que o problema deve ficar resolvido até ao fim deste ano.
Na cimeira Rússia-OTAN de Lisboa, realizada em Novembro, as partes decidiram cooperar na criação de um sistema de defesa anti míssil coordenado. Quanto à situação na Líbia, recordou que a OTAN está dividida, acusou a França e a Grã-Bretanha de terem desencadeado a guerra naquele país e a Aliança Atlântica de, praticamente, se ter esquecido dos interesses no Leste da Europa. A Rússia não não fornece armas e munições à Líbia, garantiu, dizendo que “o que fazem alguns países da OTAN é uma falta de vergonha absoluta e contradiz as resoluções do Conselho de Segurança da ONU” sobre aquele país.
Fonte: Jornal de Angola