A única filha de Francisco Franco morreu no conforto do seu lar vítima de doença prolongada.
Quinze anos depois de ter derrotado um cancro, Carmen Franco não teve forças para derrotar um novo tumor. Diagnosticada no verão com uma doença terminal, a idosa de 91 anos morreu na sua casa em Hermanos Bécquer, em Madrid, rodeada pela família e amigos, conta o jornal El Español.
Carmen era a menina bonita do fascismo espanhol. O pai, o general Franco, impôs uma ditadura militar em Espanha e moldou a filha aos desígnios fascistas com o objetivo de que ela liderasse a propaganda do seu regime.
Nenuca, como era tratada pelo pai, passou a ser o ícone dos miúdos fascistas. Muitos anos mais tarde, Carmen dizia na sua biografia que “as mulheres não têm opinião” e reconhecia que havia sido criada como se fosse uma boneca de cristal. No entanto, reconhecia era o “normal” para os meados do século XX.
Carmen Franco casou com o cardiologista Cristóbal Martínez-Bordiú, Marquês de Villaverde. Porém, tratou-se de um matrimónio por interesse e o mesmo foi admitido pelo filho do casal José Cristóbal.
Depois de ter ficado viúva, Carmen viveu uma vida discreta, longe das revistas cor-de-rosa, apesar de os filhos e netos serem protagonistas destas publicações por diversas vezes. Carmen só queria viver a sua vida sem ser julgada pela vida dos outros. “Nem dos meus pais, nem do meu marido, nem dos meus filhos. Sou Carmen Franco. Mais nada”, disse citada pelo El Español. (Notícias ao Minuto)
por Lusa