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    Modelo angolano inspira parque em Cabo Verde

    Oásis Atlântico, cidade da Praia, Cabo Verde (Foto: D.R.)
    Oásis Atlântico, cidade da Praia, Cabo Verde
    (Foto: D.R.)

    O Parque Empresarial da Praia, a ser construído nas imediações do aeroporto da capital cabo-verdiana, vai funcionar com o conceito de “Word Trade Center” que já foi desenvolvido em Angola, noticiou a agência Pana Press, citando fonte municipal da Cidade da Praia.

    O primeiro passo para a concretização deste projecto foi dado na semana passada pela Câmara Municipal da Praia (CMP), com o lançamento de um Fundo de Investimento Imobiliário fechado, de subscrição particular, no valor 1,7 mil milhões de escudos cabo-verdianos (cerca de 15,5 milhões de euros).

    Um dos parceiros da CMP neste projecto público/privado, avaliado em cerca de 165 milhões de euros, é a Associação Empresarial de Angola (AEA), representada na cerimónia de lançamento do fundo pelo seu presidente, Francisco Viana.
    Na ocasião, o presidente da CMP, Ulisses Correia e Silva, explicou que com este fundo a edilidade pretende dotar a Cidade da Praia de um parque empresarial vocacionado para o acolhimento e desenvolvimento empresarial, centrado numa lógica de qualidade e prestação de serviços e na reestruturação do património imobiliário pertencente ao município.

    O autarca explicou que a montagem financeira pretendida com o fundo viabiliza a construção do complexo num espaço de 50 hectares e “será algo estruturante para a economia da Cidade da Praia e uma contribuição muito forte para a economia cabo-verdiana”.
    O parque empresarial da Cidade da Praia destina-se à venda, arrendamento e outras formas de exploração, como previsto no memorando de entendimento celebrado a 23 de Setembro de 2014 com a accionista maioritária da sociedade gestora, que promoverá a constituição e gestão do Fundo.

    O empreendimento vai ter um conjunto de valências com os sectores de manutenção aeronáutica, feiras e “shopping” em destaque, permitindo que sejam também criadas condições de internacionalização das empresas, informou Ulisses Correia e Silva.

    O autarca revelou ainda que o parque empresarial visa criar capacidades, competências e conhecimentos dos mercados externos, fazendo igualmente uma grande aposta na CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).
    Com este “projecto estruturante” que consolida a vertente empresarial e de investimentos na capital cabo-verdiana, concretiza-se “algo de muito importante”, que tem a ver com as relações entre Cabo Verde e Angola, sublinhou o presidente da CMP. Na ocasião, Francisco Viana disse que está convencido que o parque vai atrair um conjunto de investidores para a concretização do projecto.

    O empresário angolano garantiu que a iniciativa só pode realizar-se com a participação dos empresários cabo-verdianos que, neste momento, já manifestaram a sua disponibilidade, sublinhando que   trabalha com as associações empresariais e as câmaras de comércio locais para que este projecto seja colectivo.

    “A nossa tarefa, a partir de agora, é também captar investidores credíveis de Angola, da África do Sul e de outras partes do Mundo e executar o projecto”, acrescentou o empresário. Para Francisco Viana, esta iniciativa reforça as relações económicas e empresariais entre Angola e Cabo Verde.
    O desenvolvimento da indústria em Angola assenta na criação de Zonas Económicas Exclusivas, pólos industriais e áreas empresariais. A industria está aberta ao investimento estrangeiro, através de parcerias público privadas, é alva de incentivos por parte do Estado e recebe altíssimos valores de investimento. (jornaldeangola.com)

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