A libertação de cerca de 20 membros da Renamo (oposição), detidos desde março em Nampula, terá que ser decidida pelas “entidades competentes” e não depende de qualquer pressão política, disse hoje à Lusa fonte policial.
Em declarações à Agência Lusa, o porta-voz da PRM, Inácio Dina, apelou à Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) para se inteirar do processo dos seus militantes “junto das autoridades judiciais”.
Aqueles elementos foram detidos em março, após um confronto com elementos da Força de Intervenção Rápida (FIR), um corpo antimotim da polícia, junto da sede provincial da Renamo em Nampula, no norte de Moçambique.
Recentemente, a Renamo ameaçou com manifestações em Nampula, se a FIR não se retirasse das imediações da sua sede na cidade, onde vive o líder do partido, Afonso Dhlakama, e exigiu a libertação dos detidos.
Inácio Dina afirmou que a situação continua calma na cidade, apesar dessas ameaças. O oficial da Polícia da República de Moçambique acrescentou que “os dirigentes políticos são livres de emitirem as suas opiniões, o que não pode provocar qualquer reação por parte das autoridades policiais”.
O porta-voz provincial da Renamo, António Nihiorua, recusou comentar a situação, alegando não ser o “momento oportuno”.
Nihiorua anunciou que a sua formação política vai convocar uma conferência de imprensa, em data ainda a definir, para anunciar a sua posição sobre o assunto.
FONTE: Lusa