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    Moçambique sem estratégia para combater terrorismo, diz Departamento de Estado americano

    As Forças de Defesa e Segurança (FDS) de Moçambique não têm uma estratégia para enfrentar o terrorismo e a segurança das suas fronteiras é “um desafio de segurança significativo” para o país, afirmou o Departamento de Estado americano no seu Relatório Anual sobre Terrorismo em 2019.

    O documento publicado na terça-feira, 22, cobre as actividades de grupos terroristas ao redor do mundo e de países considerados patrocinadores do terrorismo.

    No capítulo referente a Moçambique, o Departamento de Estado afirma que em 2019 deu-se “um aumento significativo da actividade terrorista” no país, que resultou numa estimativa de 350 mortes entre a população civil e o “deslocamento interno de 100.000 pessoas”.

    O relatório descreve os rebeldes que operam na província de Cabo Delgado como sendo do “Estado Islâmico”ou “afiliados” ao Estado Islâmico.

    Sem estratégia

    Os investigadores detalham alguns dos ataques levados a cabo pelos rebeldes naquela província, citam a legislação em vigor e afirmam que, em 2019, a Polícia da República de Moçambique, a Unidade de Intervenção Rápida e o Serviço Nacional de Investigação Criminal estiveram envolvidos em operações de contra terrorismo no norte do país.

    “Moçambique não tem uma estratégia contra o terrorismo para guiar as operações no norte e as agências de manutenção da lei não possuem treino, equipamento e capacidade global para detectarem e impedirem proactivamente actos de terrorismo”, realça o relatório.

    “Embora as entidades de manutenção da lei operem como parte de uma força conjunta com homólogos militares, a coordenação, o planeamento estratégico, as comunicações inter-agências e a partilha de inteligência são desafios significativos”, acrescenta o documento que afirma ainda que “a segurança das fronteiras permanece um desafio de segurança significativo para Moçambique”.

    Tanzânia, ponto de trânsito e recrutamento

    O relatório diz que a Tanzânia é “um ponto de trânsito e recrutamento para organizações terroristas e criminais” e acrescenta que entre Setembro e Novembro do ano passado informações revelam que “a Rússia forneceu apoio operacional a operações de contra terrorismo lideradas pelo governo’

    Moçambique é o único país africano de língua portuguesa mencionado no relatório do Departamento de Estado americano.

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