Os profissionais acusam o governo de ter faltado à palavra e de não ter encontrado uma solução para o sector da saúde, durante os 60 dias em que a greve esteve suspensa.
O Presidente da Associação dos Profissionais de Saúde, Unidos e Solidários de Moçambique, Anselmo Muchave, reconhece que a retoma da greve é a única saída, sublinhado que só regresso ao trabalho quando o executivo responder de forma favorável às exigências do sector.
“Não nos resta mais nada senão comunicar ao governo a retoma da greve dos profissionais de saúde a partir das 7 horas do dia 20 de 08 de 2023 com a duração de 21 dias prorrogáveis. Queremos sublinhar que só retomaremos as actividades quando as exigências dos profissionais de saúde forem satisfeitas incluindo as da classe médica”, admitiu.
Os profissionais exigem o pagamento de salários condignos, e pedem às autoridades para providenciar medicamentos para os hospitais, aquisição de material hospitalar e uma solução para a falta de alimentos nas unidades de saúde.
Anselmo Muchave avança ainda que os profissionais de saúde vão deixar de assegurar serviços mínimos.
“Temos o Ministro da Saúde, um profissional da saúde, ele vai prestar serviços mínimos. Temos os directores dos gabinetes, os directores das unidades sanitárias, temos directores distritais e directores dos serviços, esses vão assegurar os serviços mínimos porque são profissionais de saúde. São esses que nós vamos colocar”, garantiu.
A greve dos profissionais de saúde acontece na mesma altura em que os médicos observam desde o dia 10 de Julho, a segunda fase da terceira greve nacional.