Dois garimpeiros zimbabueanos morreram soterrados numa mina de ouro na região fronteiriça de Muthsinza, em Manica, centro de Moçambique, quando extraíam ilegalmente ilegal o minério, disse hoje à Lusa fonte policial.
Bartolomeu Amone, chefe da secção de imprensa do comando da polícia em Manica, disse que os dois cidadãos, oriundos de Harare (capital do Zimbabué), morreram quando uma porção de terra desabou sobre eles, numa mina a céu aberto.
“O incidente ocorreu na segunda-feira, quando os dois cidadãos zimbabueanos em plena ação de garimpo foram surpreendidos com o desabamento de terra e ficaram soterrados. A estrutura em que escavavam não era consistente”, explicou à Lusa Bartolomeu Amone.
Depois do acidente, apenas uma vítima foi identificada, após um trabalho conjunto das autoridades policiais moçambicanas e zimbabueanas, que desaconselham a prática do garimpo e tentam combater a atividade na extensa fronteira entre aqueles dois países vizinhos.
“Sobretudo em tempo chuvoso, a estrutura das minas é débil. Continuamos a fazer um trabalho conjunto com as autoridades mineiras para desencorajar a prática do garimpo na província de Manica”, disse Bartolomeu Amone.
Os corpos dos dois garimpeiros já foram transladados para a província de ManicaLand (Mutare), no Zimbabué.
A extração desregrada de ouro em Manica, fértil em recursos minerais, tem atraído vários estrangeiros para a região, que geralmente garimpam ou compram os recursos para depois os contrabandear.
Uma operação policial em janeiro deteve e repatriou 40 garimpeiros zimbabueanos, que extraíam ouro de forma ilegal no distrito de Manica. Na mesma ação policial foram retidos 150 moçambicanos e apreendido material usado para garimpar, como forma de desencorajar a atividade.
FONTE: Lusa
