O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, defendeu ontem, em Luanda, uma melhor aplicação da parceria estratégica entre Angola e Brasil para o reforço da cooperação.
Georges Chikoti, que falava durante um encontro bilateral entre delegações de Angola e Brasil, afirmou que o Executivo deseja aprofundar cada vez mais a parceria estratégica definida entre os dois estados.
No encontro, que serviu para passar em revista o estado de cooperação e das relações entre os dois países, o chefe da diplomacia angolana disse que Angola vive um clima de estabilidade que tem permitido dedicar uma atenção especial à reconstrução nacional, tendo destacado a reabilitação de infra-estruturas, pontes, estradas, caminhos-de-ferro.
Para o ministro, esta acção tem facilitado a livre circulação de pessoas e bens a nível interno e melhorado as trocas comerciais com os países vizinhos e parceiros económicos. O ministro anunciou para o segundo semestre deste ano, em Luanda, a realização da sétima sessão da comissão bilateral Angola /Brasil.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, António Patriota, que desembarcou ontem na capital do país, reafirmou o engajamento do seu país nas relações com Angola. António Patriota agradeceu o apoio de Angola e da CPLP à eleição do professor Graciano da Silva para director da FAO. “Angola e a CPLP foram os primeiros a apoiar a candidatura, que não foi fácil, porque havia cinco outros candidatos muito activos no plano internacional, de modo que reconhecemos que sem este apoio valioso não tínhamos chegado à directoria da FAO”, disse.
O ministro brasileiro garantiu que com Graciano da Silva à frente da FAO, Angola vai contar com o apoio deste organismo e que os interesses africanos vão estar no centro das atenções do director da FAO. “Nós sabemos que a agricultura é uma das áreas em que Angola tem grandes potencialidades, num continente onde existem muitas vulnerabilidades em termos de segurança alimentar”, disse, sublinhando que o Brasil pretende trabalhar com os países africanos onde a situação da segurança alimentar é crítica, ajudando a desenvolver aqueles países que têm potencial para se transformarem no celeiro da região.
Angola e Moçambique podem preencher este papel. “Em poucos anos Angola transformou-se numa locomotiva de desenvolvimento”, disse, salientando que o Brasil quer participar como parceiro estratégico.
Fonte: Jornal de Angola